Arthur finalmente se tornou quem queríamos que ele fosse no 'BBB 21'
De Splash, em São Paulo
21/04/2021 04h00Atualizada em 21/04/2021 13h14
Brincadeiras à parte, quem diria, caro leitor, que eu estaria me apegando a Arthur Picoli de Conduru bem na reta final do "BBB 21"? Se lá por fevereiro um viajante no tempo viesse do futuro e me falasse uma coisa dessas, eu seria capaz de gargalhar na cara do pobre coitado.
Mas o que eu posso fazer se o reality show global é essa caixinha de surpresas que às vezes eleva uma planta ao posto de campeã incontestável (oi, Thelma) e transforma a favorita-já-ganhou em vilã (oi, Sarah)?
Pois eu estou gostando do Arthur.
Arthur finalmente está sendo no jogo aquilo que a gente esperou que ele fosse lááá atrás, quando os participantes foram anunciados. Na ocasião, o crossfiteiro com tintas progressistas entrou na casa já imunizado por voto popular, tamanha simpatia que seu perfil fugitivo do estereótipo causou.
Mas, como diz o ditado, treino é treino, jogo é jogo.
Com o "BBB" rolando, Arthur rapidinho se pendurou nas partes baixas de Projota sonhando repetir o sucesso televisivo da dupla Babu-Prior. No máximo, conseguiram emular Pinky e Cérebro, os ratinhos de desenho animado que todos os dias tentavam conquistar o mundo —e falhavam miseravelmente.
Isso sem falar no namorico com Carla Díaz, que o brother ralou para conquistar depois de tomar toco de Thaís —com um xaveco que "pelamordedeus". "Pelamordedeus" também se aplica ao casalzinho, principalmente por culpa dele: grosseiro, displicente, que preferia ficar com Projota a apoiar a peguete.
Bastou os dois serem eliminados para um novo Arthur florescer. Estou falando que a culpa era deles? Não. A personalidade (ou falta dela) é de responsabilidade apenas de Arthur. Mas sem escada para protagonizar momentos de "broderagem" ou de pura vergonha alheia, o crossfiteiro viveu ótimos momentos.
Você pode me acusar de passar pano, caro leitor, e eu não tiraria a sua razão.
Mas o ser humano é falho, né? Eu, inclusive. Não posso negar que me diverti demais com o "pentelhogate", em que Arthur rachou de rir da indignação de Pocah vestida de samambaia. Também não nego que estou amando a reviravolta de Gilthur, de inimigos mortais a shipp da galera.
E o Arthur encarnando uma planta trincada por cigarro na festa? Ou zoando Juliette? A aproximação entre Arthur e Caio também rende momentos hilários, incluindo uma conversa proibida para menores. Fora as colocações sensatas sobre a pandemia, um bálsamo nos tempos em que vivemos (oi de novo, Sarah).
Será isso suficiente para a redenção de Arthur?
Sinceramente, acredito que não. O brother se queimou muito até chegar nesse momento mais leve —e seus costumeiros rompantes de agressividade não são relativizáveis. Porém, no campo de entretenimento, este Arthur é o Arthur que sempre quis ver no "BBB"
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Falando em Arthur... colocamos um repórter para fazer o curso online de abdominais do brother e contamos o resultado depois de 30 dias.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL