Conká chora em doc ao falar de morte do pai alcóolatra: 'Lucas lembrou ele'
O jeito durona de Karol Conká está presente em "A Vida Depois do Tombo", documentário do Globoplay lançado hoje (29). Mas, em um momento mais sensível, ela abre o coração, relembra a morte do pai aos 34 anos e justifica o comportamento agressivo com Lucas Penteado pela lembrança do passado triste.
Fiquei muito irritada, mas não era com o Lucas, era com essa lembrança que odeio.
Karol tinha uma ligação forte com o pai, que era alcoólatra e tinha mudanças bruscas de comportamento quando bebia. Por conta disso, parou de falar com ele por um tempo e prometeu visitá-lo num fim de semana, quando estivesse sóbrio.
O encontro não aconteceu. Ele morreu quando ela tinha 14 anos.
Meu pai nunca me viu cantar no palco, tinha 14 anos quando ele morreu, parece que nunca vou amenizar essa dor. Teve um momento da casa que o Lucas me lembrou muito ele, quando ficava agressivo, bebia, falava coisas desconexas e aparecia com o semblante doce no dia seguinte dando bom dia.
Bastante emocionada, ela conta que o pai foi encontrado por amigos caído no meio da chuva e levado para casa. Ao tentar levantar do sofá da sala, ele caiu, acabou ingerindo o próprio vômito, que foi aspirado pelos pulmões e o levou à morte.
Tinha essa coisa do meu pai estar sempre bêbado, era muito milagroso quando isso não acontecia. Ele jogava a cadeira, derrubava as coisas, ele era uma pessoa maravilhosa e reduziam ele àquele homem bêbado.
Em depoimento, a mãe de Karol, Ana, conta que ela não aceitava a doença do pai e achava que ele pararia de beber.
"Ele sempre foi carinhoso nos momentos de sobriedade".
A cantora lembra que era ele que lhe dava força para reagir aos ataques racistas sofrido na infância e na adolescência.
Ele que me dava respostas afiadas. Se alguém me xingava, ele falava, volta lá e fala que a pessoa é um verme de goiaba. Ele me dava caminhos para eu me defender. Comecei a falar, vencia só pela fala
Focada no novo dia
Karol diz que aprendeu aos 14 anos que, se ficasse na angústia, repetiria os erros do pai e perderia a vontade de viver por causa da culpa.
"Estou focada no erro, mas preciso fazer o que fiz com 14 anos que é focar no dia que virá".
Reencontro com Lucas
Karol chorou ao rever na série vários momentos em que gritou com Lucas, falou para ele se retirar da mesa, mandou ele calar a boca e disparou vários xingamentos.
Ele desistiu de participar do encontro com a cantora para o documentário.
"Que pena", lamentou ela.
Em depoimento gravado, Lucas disse que não estava preparado para esse encontro e diz que é um cara que acredita em Deus e "Ele inventou que todas as pessoas merecem perdão".
Penteado lê uma poesia e diz em seguida: "Se você tem que falar alguma coisa, não é comigo, é com Deus, Ele vai te ajudar".
Lucas, gostaria muito de te pedir perdão, que você tivesse aqui para olhar no meu olho e sentir o meu arrependimento. Me responsabilizo pelos meus erros. Seria um alívio encontrar pessoalmente, você, sua mãe, fui muita dura, muito feia. Peço desculpas pelo que fiz com o seu filho.
Karol em série
Dor do remorso
Ao falar do remorso por seu comportamento com Lucas, Conká é convidada a mandar uma mensagem para ele:
"Sua caridade em ter gravado esse vídeo, por esse gesto, você é um ser de luz, se tornou um dos grandes responsáveis pela minha mudança":
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