MC Mirella testemunha à PF contra quadrilha de tráfico de mulheres
MC Mirella foi ouvida pela Polícia Federal como parte da Operação Harém BR, que tem por objetivo desarticular um grupo criminoso voltado ao tráfico de mulheres para fins de exploração sexual, em São Paulo.
A advogada de Mirella, Dra. Adélia Soares, disse a Splash que a funkeira prestou depoimento na condição de vítima e testemunha contra a quadrilha, já que os criminosos tentaram entrar em contato com ela no passado.
Não existe qualquer investigação ou acusação contra a Mirella, é importante ressaltar isso. [...] [Ela] já contribuiu com seu testemunho, várias outras pessoas também vítimas da quadrilha foram ouvidas. No que poderia, a Mirella colaborou com a investigação para que a justiça se cumpra."
Dra. Adélia Soares, advogada de MC Mirella
No último dia 27 de abril, a Polícia Federal cumpriu nove mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva conectados à Operação Harém. Destes últimos, cinco mandados foram cumpridos fora do país, com a assistência da Interpol — mais especificamente, no Paraguai, nos EUA, na Espanha, em Portugal e na Austrália.
A investigação, que foi iniciada pela PF em 2019, identificou uma rede de agenciadores/aliciadores que atuava na exploração sexual, tanto em território nacional, quanto no exterior — enviando mulheres, algumas menores de 18 anos, para Paraguai, Bolívia, EUA, Catar e Austrália.
O caso atualmente está em andamento na 1ª Vara da Justiça Federal de Sorocaba, no interior de São Paulo.
Envolvimento de Nubia Oliiver
Outro nome conhecido que aparece nos autos da Operação Harém BR é o de Nubia Oliiver, modelo famosa por seus ensaios sensuais, que recentemente abriu uma conta badalada na plataforma adulta OnlyFans.
De acordo com a Quem, Nubia é acusada de ser uma das "facilitadoras" de aliciamento de mulheres para a quadrilha. No esquema supostamente combinado entre ela e Rodrigo Otávio Cotait, que seria o líder dos criminosos, a modelo enviava fotos sensuais de outras mulheres para ele e negociava acordos de prostituição.
O advogado de Nubia, Rodrigo Carneiro Maia Bandieri, não respondeu a contato de Splash para comentar o caso.
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