Cineasta paulista Maurice Capovilla morre aos 85 anos
O cineasta Maurice Capovilla morreu neste sábado (29) aos 85 anos. A causa de sua morte não foi divulgada. A mulher de Capovilla, Marilia Alvim, informou, em seu perfil no Facebook, que o corpo do cineasta será cremado na tarde deste domingo (30) no Crematório São Francisco Xavier, no bairro do Caju, no Rio de Janeiro.
Nascido em Valinhos (SP) em 1936, Capovilla também atuou como ator, roteirista, jornalista e professor universitário. Sua estreia como cineasta aconteceu nos anos 1960, com a direção do curta-metragem "União" (1962). Entre os outros curtas dirigidos por Capovilla destaca-se o documentário "Subterrâneos do Futebol" (1964). Capovilla ficou conhecido por dirigir longas-metragens de ficção em plena ditadura militar, com narrativas que retratavam as condições de vida dos brasileiros.
Ainda nos anos 60, Capovilla dirige seu primeiro longa-metragem, "Bebel, Garota Propaganda" (1968). O roteiro foi escrito pelo próprio diretor, que se baseou no conto "Bebel que a Cidade Comeu", do escritor Ignácio de Loyola Brandão. Estrelado pela atriz Rossana Ghessa, o filme conta a história de uma menina pobre que se vislumbra com a possibilidade de mudar de vida ao ser contratada como modelo de uma marca de sabonete.
Um das obras mais conhecidas da filmografia do diretor paulista é "O Profeta da Fome" (1969), seu segundo longa-metragem. Estrelado pelo cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão, que interpreta um faquir, o filme foi lançado comercialmente em 1970 e conquistou no mesmo ano o prêmio de melhor argumento e roteiro no Festival de Brasília, entre outras categorias.
Entre os outros longas-metragens de Capovilla estão os filmes "O Jogo da Vida" (1977), uma adaptação do conto "Malagueta, Perus e Bacanaço", do jornalista e escritor João Antônio, e "Harmada" (2003), adaptado do romance do escritor João Gilberto Noll.
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