A ex-atriz pornô Mia Khalifa, 28 anos, bombou entre brasileiros nas redes sociais afora por causa de uma citação do senador Luis Carlos Heinze (Progressistas-RS), durante a CPI da covid-19. Ela entrou na brincadeira e tem tirado sarro da situação.

A artista, norte-americana de origem libanesa, até publicou uma montagem "depondo" na CPI e legendou, ironicamente: "Uma mulher do povo".

Mas saiba que não é a primeira vez em que a ex-atriz de filmes adultos se envolve com política nas redes sociais.

Pró-Palestina

Ela é abertamente crítica ao governo de Israel quanto às políticas em relação à Palestina e, opinando sofre o conflito que recentemente vitimou 230 palestinos e 12 israelenses, chamou o governo de Benjamin Netanyahu de um "estado de apartheid".

A artista também causou barulho, em maio, ao comentar o anúncio do segundo filme da Mulher-Maravilha, estrelado pela israelense Gal Gadot, criticada por sua posição neutra sobre o conflito.

Disse que o público pedia a versão de "A Liga da Justiça" do diretor Zack Snyder e não "a Barbie Genocida".

Posição política

Nas eleições estadunidenses do ano passado, ela manifestou publicamente apoio ao então candidato democrata (e hoje presidente) Joe Biden.

Em um apelo para que os americanos fossem às urnas, ela publicou nas redes uma imagem com blusa transparente, cobrindo os seios com o cabelo, e escreveu como legenda: "vote".

Também fez campanha pelo voto em mulheres para o legislativo do país. Postou uma foto nua atrás de um totem da juíza Ruth Bader Ginsburg, que morreu em 2020, e escreveu: "vote para manter as portas abertas para as mulheres".

Mia, depois de se aposentar do pornô, também se dedica à caridade.

Em janeiro, ela anunciou que doaria todo o lucro de sua página no Only Fans (em que vende fotos e vídeos eróticos) a instituições de que é parceira. Segundo a própria, o valor passa de US$ 160 mil, o equivalente a R$ 847 mil.

Quem é Mia Khalifa?

Mia nasceu no Líbano e se mudou para os Estados Unidos com a família em 2001, fugindo da guerra em seu país. Ela diz ter sofrido preconceito por sua origem na escola, sobretudo depois dos ataques terroristas de 11 de setembro.

Ela teve uma breve carreira na indústria pornográfica, entre 2014 e 2015, mas um vídeo em que faz sexo vestindo um hijab (veste tradicional muçulmana) involuntariamente a levou ao estrelado dos filmes adultos.

O filme causou controvérsia na comunidade islâmica, e a atriz chegou até a ser ameaçada de morte pelo grupo terrorista Estado Islâmico.

Sobre o barulho, disse à época:

"Os direitos das mulheres no Líbano stão longe de serem levados a sério quando uma estrela pornô americana de ascendência libanesa é capaz de causar tanto barulho.

Hoje, Mia é influenciadora digital, com mais de 24 milhões de seguidores no Instagram (sim, quase uma Juliette!), e também se dedica a seu perfil no Only Fans.