Mansão milionária e caneta de R$ 10 mil: império de Felipe Neto em livro
Aos 33 anos, Felipe Neto ganhou uma biografia não autorizada. Um dos maiores influenciadores do Brasil viu sua história ser contada pelo jornalista Nelson Lima Neto, traçando o período desde sua infância até o posto de desafeto do presidente Jair Bolsonaro.
"Felipe Neto: O Influenciador" conta histórias que muitos já conhecem. O estouro na internet com seus vídeos de hater da saga "Crepúsculo" ou do cantor Fiuk, sua reinvenção como empresário e as recentes batalhas políticas.
Mas a leitura também leva a algumas curiosidades do império criado por ele.
Cover do Latino?
Na infância, quando ainda vivia no bairro do Engenho Novo, na zona norte do Rio, Felipe tinha um costume curioso: ele adorava imitar o cantor Latino e fazia shows improvisados para os primos.
Ele também era obcecado pela novela "Chiquititas" e tinha um crush em Vivi, personagem da atriz Renata Del Bianco. Quem diria que, anos depois, os dois chegariam a ter um breve affair?
Precoce
Antes de se tornar um grande empresário, Felipe começou de baixo. Ainda aos 13 anos, passou a trabalhar numa loja de apetrechos para camelôs. Aos 14, tentou abrir uma empresa de telemensagens, mas não conseguiu seguir em frente.
Em meio a estrelas
Felipe estudou no colégio Metropolitano, no Méier, mesma escola frequentada por Adriana Esteves e Taís Araújo. Uma de suas colegas de sala era Nataly Mega, hoje mulher do apresentador e humorista Fábio Porchat.
Início na pirataria
Antes de bombar no YouTube, Felipe se lançou na internet com o site IsFree.tv, reunindo uma equipe que legendava episódios de séries internacionais, além de disponibilizar o download dos mesmos. "Era pirataria mesmo", brincou Neto, em uma palestra de 2015.
Felipe seguiu, até 2008, escrevendo para outros blogs e sites, aflorando mais seu lado humorístico, que eventualmente culminaria no Não Faz Sentido, o canal que o levou a ser reconhecido por um público muito maior.
Piadas preconceituosas
No Não Faz Sentido, Felipe se dedicava a detonar artistas, filmes e até comportamentos e, para isso, acabava fazendo todo tipo de piada machista, homofóbica e gordofóbica. O jeito "sincerão" a todo custo conquistou muitos fãs, mas não representa a atual figura de Felipe Neto.
O seu trabalho vai além do pedido de desculpas. O seu trabalho é reconhecer seu erro e pedir perdão a todas as minorias que ataquei e falei m* ao longo da vida.
Felipe Neto, em vídeo de 2017 no seu canal do YouTube
A criação do império
Depois do Não Faz Sentido e do Parafernalha, canal de humor no YouTube também comandado por Felipe, ele alçou voo solo, fez parcerias com empresas internacionais e se tornou o fenômeno que é hoje.
Em 2017, com tanto sucesso no YouTube, Felipe adquiriu a mansão onde vive até hoje, na Barra da Tijuca. O imóvel de quatro andares conta com seis quartos, oito banheiros, piscina, sauna, sala de cinema e elevador. Foi comprado por ele e pelo irmão Luccas, por R$ 5,5 milhões.
A vida de luxo não parou por aí: em 2018, Felipe adquiriu um BMW X6, cuja versão mais simples custava R$ 310 mil na época, e até uma caneta Dupont de edição limitada que custou R$ 10 mil! No ano passado, o destaque foi para um Apple Mac Pro que saiu por nada menos do que R$ 182 mil.
Mais dinheiro
Estimativas do portal Social Blade do ano passado apontam que o canal de Felipe Neto pode ter uma receita anual de até R$ 72 milhões. Em 2018, o próprio Felipe calculou que, com as 212 milhões de visualizações em seus vídeos naquele ano, teria ganhado R$ 563 mil no mês.
Para ter Felipe como garoto-propaganda, uma marca precisa desembolsar pelo menos R$ 140 mil por um minuto de anúncio, cerca de R$ 2.300 por segundo!
O que Felipe achou?
No Twitter, Felipe Neto opinou sobre a biografia, agradecendo ao autor e apontando alguns lados que o decepcionaram. "Acho que o livro deu pouca importância aos maiores projetos da minha vida: o Vero e o Cala Boca Já Morreu, e importância demais a brigas já superadas", lamentou.
O Instituto Vero foi criado no ano passado para fomentar projetos de educação digital e de combate à desinformação, enquanto o Cala Boca Já Morreu é um projeto que oferece assistência jurídica gratuita a quem se sente silenciado pelo governo.
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