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Mansão milionária e caneta de R$ 10 mil: império de Felipe Neto em livro

De Splash, em São Paulo

14/06/2021 04h00Atualizada em 14/06/2021 13h24

Aos 33 anos, Felipe Neto ganhou uma biografia não autorizada. Um dos maiores influenciadores do Brasil viu sua história ser contada pelo jornalista Nelson Lima Neto, traçando o período desde sua infância até o posto de desafeto do presidente Jair Bolsonaro.

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"Felipe Neto: O Influenciador" conta histórias que muitos já conhecem. O estouro na internet com seus vídeos de hater da saga "Crepúsculo" ou do cantor Fiuk, sua reinvenção como empresário e as recentes batalhas políticas.

Mas a leitura também leva a algumas curiosidades do império criado por ele.

Cover do Latino?

Na infância, quando ainda vivia no bairro do Engenho Novo, na zona norte do Rio, Felipe tinha um costume curioso: ele adorava imitar o cantor Latino e fazia shows improvisados para os primos.

Ele também era obcecado pela novela "Chiquititas" e tinha um crush em Vivi, personagem da atriz Renata Del Bianco. Quem diria que, anos depois, os dois chegariam a ter um breve affair?

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Precoce

Antes de se tornar um grande empresário, Felipe começou de baixo. Ainda aos 13 anos, passou a trabalhar numa loja de apetrechos para camelôs. Aos 14, tentou abrir uma empresa de telemensagens, mas não conseguiu seguir em frente.

Em meio a estrelas

Felipe estudou no colégio Metropolitano, no Méier, mesma escola frequentada por Adriana Esteves e Taís Araújo. Uma de suas colegas de sala era Nataly Mega, hoje mulher do apresentador e humorista Fábio Porchat.

Início na pirataria

Antes de bombar no YouTube, Felipe se lançou na internet com o site IsFree.tv, reunindo uma equipe que legendava episódios de séries internacionais, além de disponibilizar o download dos mesmos. "Era pirataria mesmo", brincou Neto, em uma palestra de 2015.

Felipe seguiu, até 2008, escrevendo para outros blogs e sites, aflorando mais seu lado humorístico, que eventualmente culminaria no Não Faz Sentido, o canal que o levou a ser reconhecido por um público muito maior.

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Piadas preconceituosas

No Não Faz Sentido, Felipe se dedicava a detonar artistas, filmes e até comportamentos e, para isso, acabava fazendo todo tipo de piada machista, homofóbica e gordofóbica. O jeito "sincerão" a todo custo conquistou muitos fãs, mas não representa a atual figura de Felipe Neto.

O seu trabalho vai além do pedido de desculpas. O seu trabalho é reconhecer seu erro e pedir perdão a todas as minorias que ataquei e falei m* ao longo da vida.

Felipe Neto, em vídeo de 2017 no seu canal do YouTube

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O youtuber (e empresário) Felipe Neto
Imagem: Leo Aversa/Agência O Globo/divulgação Felipe Neto

A criação do império

Depois do Não Faz Sentido e do Parafernalha, canal de humor no YouTube também comandado por Felipe, ele alçou voo solo, fez parcerias com empresas internacionais e se tornou o fenômeno que é hoje.

Em 2017, com tanto sucesso no YouTube, Felipe adquiriu a mansão onde vive até hoje, na Barra da Tijuca. O imóvel de quatro andares conta com seis quartos, oito banheiros, piscina, sauna, sala de cinema e elevador. Foi comprado por ele e pelo irmão Luccas, por R$ 5,5 milhões.

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A vida de luxo não parou por aí: em 2018, Felipe adquiriu um BMW X6, cuja versão mais simples custava R$ 310 mil na época, e até uma caneta Dupont de edição limitada que custou R$ 10 mil! No ano passado, o destaque foi para um Apple Mac Pro que saiu por nada menos do que R$ 182 mil.

Mais dinheiro

Estimativas do portal Social Blade do ano passado apontam que o canal de Felipe Neto pode ter uma receita anual de até R$ 72 milhões. Em 2018, o próprio Felipe calculou que, com as 212 milhões de visualizações em seus vídeos naquele ano, teria ganhado R$ 563 mil no mês.

Para ter Felipe como garoto-propaganda, uma marca precisa desembolsar pelo menos R$ 140 mil por um minuto de anúncio, cerca de R$ 2.300 por segundo!

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O que Felipe achou?

No Twitter, Felipe Neto opinou sobre a biografia, agradecendo ao autor e apontando alguns lados que o decepcionaram. "Acho que o livro deu pouca importância aos maiores projetos da minha vida: o Vero e o Cala Boca Já Morreu, e importância demais a brigas já superadas", lamentou.

O Instituto Vero foi criado no ano passado para fomentar projetos de educação digital e de combate à desinformação, enquanto o Cala Boca Já Morreu é um projeto que oferece assistência jurídica gratuita a quem se sente silenciado pelo governo.