Cuidado ou exploração? Novo filme mostra batalha judicial de Britney Spears
Há 13 anos, Britney Spears se viu presa num processo jurídico chamado de conservadoria. Isto é, ela agora tem sua vida controlada pelo pai, Jamie Spears, e um grupo de advogados que coordenam cada aspecto de sua existência, incluindo suas finanças e negócios.
Essa história ganhou força com sucesso com "Framing Britney Spears" (Globoplay). E, faltando menos de uma semana para a audiência na qual a cantora americana falará pela primeira vez no tribunal, um novo documentário, "A Batalha por Britney", é lançado na DirecTV Go e Sky Play.
Splash assistiu e te conta o que esperar!
Teorias da conspiração
Dirigido por Mobeen Azhar, vencedor do BAFTA, o filme viaja até Los Angeles para entrar em contato com os fãs que lideram o movimento #FreeBritney, que visa libertar a cantora, de 39 anos, da conservadoria e devolver sua autonomia.
Os fãs acreditam que o pai e os advogados estão tirando vantagem da cantora, embolsando muito dinheiro para mantê-la sob controle. Até mesmo os posts de Britney nas redes sociais são avaliados minuciosamente, em busca de supostos pedidos de ajuda da cantora.
Para mim, é como se Britney estivesse presa. Ela não pode falar com os fãs, usar a internet, fazer uma ligação. Como saber se a Britney está numa live sob ameaça de uma arma? Já faz 13 anos e todos dizem que ela está melhor. Então por que não foi liberada?
questiona Haley Herms, fã de longa data
Supostos laudos divulgados pelos fãs apontam que Britney foi colocada numa conservadoria por apresentar doenças relacionadas à demência, algo que o documentário não consegue provar. O pai da cantora ainda teria tentado derrubar o site de um dos líderes do #FreeBritney, Jordan Miller.
Ele me ligou fazendo ameaças. Acho que não queria que eu falasse mais sobre a conservadoria. Onde há fumaça, há fogo!
sugere o blogueiro Jordan
O outro lado dos fãs
Se hoje o fã-clube da cantora se une para lutar por sua liberdade, eles também já foram o terror de pessoas próximas a ela. Relatos do ex-dançarino de Britney, Brian Friedman, e dos advogados de sua ex-empresária, Lou Taylor, apontam para esse comportamento explosivo.
Eu sentia muita pressão dos fãs. Em uma entrevista de 2011, disse que ela estava dançando diferente depois de se tornar mãe. Recebia ameaças de morte toda semana, me perseguiam na minha casa. Foi aí que me afastei.
Brian Friedman
Por e-mail, os advogados de Lou Taylor mostram as ameaças de morte que ela recebe dos fãs de Britney por ser apontada como a grande cabeça por trás da conservadoria. É sabido que o escritório de Lou fatura pelo menos U$ 500 mil, cerca de R$ 2,5 milhões, por ano em comissões pelos ganhos de Britney.
O que Britney realmente quer?
Enquanto a ida de Britney ao tribunal não chega, o documentário tenta entender como a cantora se sente em relação à conservadoria. Para se encontrar em tal situação, Britney precisou chegar ao fundo do poço, quando teve sua grave crise de 2007.
A constante perseguição dos paparazzi e as notícias maldosas publicadas constantemente pela mídia podem ter sido parte do gatilho que a levou ao surto e, consequentemente, à perda de sua autonomia. O fotógrafo Rick Mendoza e o blogueiro Perez Hilton opinam.
Ela nos usou tanto quanto usamos ela. Ela precisava continuar nas notícias, ganhar dinheiro. Raspou o cabelo em público porque queria publicidade. Ela é uma figura pública num lugar público, tenho direito de fotografá-la.
Rick Mendoza, paparazzo
Se ela não tivesse uma conservadoria, eu temo que ela estivesse morta. Eu me arrependo do bullying que fiz com ela. Não sabia de seu estado mental, mas é possível que eu tenha contribuído para isso.
Perez Hilton, blogueiro
Billy Brasfield, ex-maquiador de Britney e ainda amigo da cantora, diz que ela só quer poder ter liberdade para dirigir e fazer o que bem entender novamente, mas o exército de advogados e o pai controlador a impederiam. No dia 23, finalmente ouviremos da própria Britney os seus desejos.
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