Final de 'Loki' abre o Universo Cinematográfico Marvel para o completo caos
De Splash, em São Paulo
14/07/2021 09h10
A primeira temporada de "Loki" chegou ao fim nesta quarta-feira (14), e a resolução do drama da Autoridade da Variação de Tempo (ou AVT) abre literalmente mundos de possibilidades para o futuro da série, já renovada. E também para os próximos projetos da Marvel.
Atenção! Spoilers a seguir
O episódio intitulado "Por Todo Tempo. Sempre." mostra Loki (Tom Hiddleston) e Sylvie (Sophia Di Martino) enfim encontrando o grande vilão que supostamente está por trás da AVT. Para os fãs mais atentos, a identidade do sujeito não é uma grande surpresa.
Trata-se do personagem de Jonathan Majors ("Lovecraft Country"), já escalado para atuar em "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", previso para 2023. Na históriam o ator deverá interpretar o grande vilão Kang, o Conquistador.
Mas em "Loki" este nome jamais é mencionado. O personagem se apresenta como Aquele Que Permanece e explica que já recebeu muitos outros nomes ao longo de sua vida —inclusive Conquistador, alcunha do vilão nos quadrinhos.
Aquele Que Permanece, então, explica para a dupla de Lokis que pavimentou todo o caminho para que ambos chegassem até ele, e conta que criou a AVT para impedir a Guerra do Multiverso, que começou após ele ter descoberto a existência de outras realidades, no século 31.
Ou seja, embora o episódio praticamente bata o martelo sobre Kang ser um dos grandes vilões da Fase 4 da Marvel, a versão do personagem que aparece aqui não é das mais vilanescas. Tem coisa pior vindo por aí.
Sylvie e Loki têm duas opções: assumir o lugar d'Aquele Que Permanece no comando da AVT, para que o caos do multiverso seja controlado, ou extinguir a organização e lidar com as consequências.
E é claro que cada um quer uma coisa diferente.
Loki prefere deixar as coisas como estão, mas Sylvie quer seguir em frente com sua vingança e acaba conseguindo matar o personagem de Majors. Não sem antes uma luta que termina no beijo mais narcisista da Marvel.
Com isso, Sylvie cria um cenário quase anárquico na timeline e abre caminho para o retorno de muitas versões de Kang e um problema que certamente vai sobrar para os heróis, nos próximos filmes. "Se você acha que eu sou mau, espere até ver minhas variantes", bem avisou Aquele Que Permanece.
Embora tenha tido um início emperrado, a primeira temporada de "Loki" consegue seguir a trilha de "WandaVision" e expandir os limites temáticos da Marvel de forma complexa, mas jamais inacessível.
A diretora Kate Herron e o roteirista Michael Waldron bebem das fontes da ficção científica e criam um final ágil, que leva o público diretamente ao que deve iniciar a série animada "E Se...?" e os filmes "Homem-Aranha: Sem Volta para Casa" (2021) e "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" (2022).
Agora, está aberto de vez o conflito que vai engatar a Fase Quatro do UCM, e o que Kevin Feige e companhia devem explorar nos próximos projetos estará ligado a Kang e esta nova realidade em que Loki foi parar, com um Mobius (Owen Wilson) que não o conhece. Resta esperar a balbúrdia.