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Após 20 anos de impasses, filme de 'O Alquimista' enfrenta novo obstáculo

Paulo Coelho - Matej Divizna/Getty Images
Paulo Coelho Imagem: Matej Divizna/Getty Images

De Splash, em São Paulo

17/07/2021 12h58

Era início da década de 1990 quando a Warner Bros. Pictures adquiriu os direitos de adaptação de "O Alquimista", de Paulo Coelho, para transformá-lo em um filme. Hoje, em 2021, a obra segue encontrando obstáculos para chegar às telas, mesmo já tendo passado para as mãos de outras (muitas) produtoras.

No início de julho, na porção mercadológica do Festival de Cannes, foi anunciado que a produtora de Will Smith e Jada Pinkett Smith entraria como uma das viabilizadoras do filme, cujo elenco seria composto por Sebastian de Souza, Tom Hollander e pela atriz de origem persa Shohreh Aghdashloo. As filmagens já estavam marcadas para setembro, no Marrocos, e o lançamento previsto para 2022.

No entanto, fontes ligadas ao The Hollywood Reporter afirmam que o projeto está com problemas de financiamento. Toda a equipe e todo o elenco teriam sido dispensados e as filmagens canceladas.

Porém, as informações divergem. De acordo com porta-vozes das empresas produtoras envolvidas, não é uma questão de financiamento, e sim um problema burocrático por causa da transferência de direitos.

"Houve um problema de ordem normal na transferência dos direitos de produção e, como consequência, as filmagens precisam ser pausadas. Esperamos retornar os processos assim que tudo for resolvido"

Lançado em 1988, "O Alquimista" conta a história de Santiago, um pastor que acredita na profecia de um sonho recorrente e decide viajar para descobrir o seu real significado. Então, ele parte em busca de um grande tesouro nas pirâmides do Egito.

No Twitter, o autor se pronunciou:

A todos que perguntaram: nunca enxerguei o livro como um filme. Não tenho notícias e não quero me envolver com a produção. Vou assistir ao filme quando ele estiver pronto e não preciso dizer, mas sou um grande fã de Will Smith.

No início desta semana, Paulo Coelho se ofereceu para patrocinar o Festival de Jazz do Capão, após o pedido de recursos públicos ter sido negado pelo governo de Jair Bolsonaro.

O evento, definido pelos idealizadores como "antifascista", acontece desde 2010 na Chapada Diamantina, na Bahia.

"A Fundação Coelho & Oiticica se oferece para cobrir os gastos do Festival do Capão", publicou o autor em seu perfil no Twitter. "Última condição: que seja antifascista e pela democracia."