Luísa Sonza se anima com novo álbum, 'Doce 22', mas avisa: 'Não estou bem'
"Não estou bem" e "vulnerável" foram algumas das uma expressões mais usadas por Luísa Sonza na entrevista coletiva de lançamento de "Doce 22", segundo álbum da cantora, que chega hoje às plataformas digitais. Após passar pouco mais de um mês afastada das redes sociais após ataques de haters, ela agora encara o desafio de "se expor como nunca" em um disco.
Com 14 faixas, o novo projeto é lançado no dia em que a gaúcha de Tuparendi— cidade de pouco mais de 8 mil habitantes— completa 23 anos, mas "traz o retrato da Luísa de 22", que diz ter vivido "muitas vulnerabilidades nesse ciclo" (olha ela aí de novo), que durou 14 meses.
Ela, então, decidiu transformar todas essas questões em música.
Acho que foi tudo transbordando e saindo. Eu estou muito assustada com tudo isso, acho que nunca me joguei desse jeito. Nunca me expus como eu estou fazendo nesse álbum. Estão sendo dias muito intensos.
Luísa Sonza
O medo de ver suas fragilidades "reveladas", no entanto, muitas vezes dá lugar à alegria de entregar um novo trabalho.
Luísa vibra com as parcerias com Jão e Ludmilla, além dos internacionais 6lack e Mariah Angeliq, e se emociona ao citar o dueto com o ídolo Lulu Santos. Os dois fecham o álbum com "Também Não Sei de Nada :D":
"Ter um cara tão renomado como o Lulu em uma música que eu escrevi com o meu namorado, no chão do meu quarto? Ele chega e fala: 'Isso aqui é bom!' Para mim, isso é muito louco", diz, empolgada.
Ela faz tudo
O "emoticon" no título de cada faixa é só uma dos toques de Luísa no disco novo. Ela fez praticamente de tudo: além de compor e cantar, produziu todas as faixas —em parceria com Douglas Moda e Nave—, roteirizou e dirigiu os clipes e foi diretora artística do projeto.
Durante 14 meses, todos os dias da minha vida eu vivi por esse álbum. Ele tomou conta da minha vida de uma maneira bizarra, como nada tinha tomado antes. E foi uma experiência muito incrível.
O tempo fora das redes, sem nem mexer no celular, segundo Luísa, parece não ter sido o suficiente para colocar tudo no lugar."Tô péssima ainda!", fala ela, antes de cair na gargalhada.
Não pude me recuperar ainda, mas uma hora eu tinha que continuar. Tenho um monte de contratos para cumprir, de coisas para fazer, uma equipe grande para sustentar, meus fãs que esperam notícias de mim. Estou aqui, mas ainda em um processo que acho que, na verdade, nem começou, porque não tive tempo.
E ela não se esquiva de falar sobre saúde mental, tema que costuma ser tabu.
Estou lidando com a minha depressão, com o meu pânico, com a minha ansiedade... Mas eles existem. Eles não sumiram e não vão sumir de uma hora para outra.
Mas ela conta com uma ajudinha dos fãs para superar a fase difícil.
Sentir o amor das pessoas vai ser muito importante, sentir que 'nossa, tem alguém ali que está me dando carinho'. Isso já ajuda muito, você vê que não está sozinho.
Com o novo ciclo começando, Luísa quer agora curtir "Doce 22" e ver a reação das pessoas, principalmente no que diz respeito aos estilos das músicas.
"Eu cantei na minha infância toda em baile, casamento, velório. Minhas referências são muito variadas", explica a cantora, que no disco vai do pop dos anos 2000 até o sertanejo, passando pelo funk e pela música nativista do Rio Grande do Sul. "É um disco sobre a Luisa Gerloff Sonza. E isso é muito assustador".
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