O que esperamos do livro do Príncipe Harry: de mágoas à briga com William
De Splash, em Santos
21/07/2021 04h00
O príncipe Harry, 36, foi responsável por novos sustos e sobressaltos na família real britânica ao anunciar o lançamento de uma autobiografia.
O potencial livro-bomba sairá no fim de 2022 pela prestigiosa editora Random House e, de acordo com o Duque de Sussex, será uma narrativa "precisa e totalmente verdadeira" de sua vida.
A autobiografia deve abordar a infância de Harry sob os olhos da mídia, sua ida ao Afeganistão, o início do relacionamento com Meghan Markle e o nascimento dos filhos, Archie, 2 anos, e Lilibet, 1 mês.
Mas o que o povo quer mesmo saber é dos bastidores do distanciamento de Harry da família real.
Harry, no anúncio da autobiografia
Entrevista a Oprah
Recentemente, Harry e Meghan abriram os corações e as bocas reais em entrevista a Oprah Winfrey. Meghan contou que um integrante da realeza se preocupou com o tom de pele de Archie antes de ele nascer. Harry, por sua vez, disse que cortou relações com o pai, Charles.
Mas ainda pairam no ar questões que, com sorte, podem ser respondidas no livro do duque.
Comentários racistas
Uma das alegações mais fortes na entrevista a Oprah foi justamente a de que um integrante da família real teria questionado "quão escura" seria a pele de Archie quando nascesse.
A apresentadora teve de esclarecer depois, em meio ao ultraje do público, que o comentário não foi feito nem pela rainha Elizabeth nem pelo príncipe Philip, avós da criança. Harry e Meghan não esclareceram quem seria essa pessoa.
E há muita gente pedindo que a identidade seja revelada no livro.
Briga com William
O desentendimento entre Harry e William é alvo de especulação há um bom tempo, mas os irmãos nunca chegaram a dizer exatamente o que se passou. A Oprah, Harry se limitou a dizer que eles seguem "caminhos diferentes".
William teria ficado chateado com a mudança do irmão para os EUA, em 2020, e furioso com a entrevista à apresentadora norte-americana. Seria ótimo uma olhada mais profunda nesse relacionamento.
Críticas a Charles
Também na entrevista a Oprah, Harry disse que, apesar de amar muito o pai, sua relação com ele estava "cortada" desde que se mudou com a família para os Estados Unidos.
O duque se ressente do fato de que, apesar de o pai ter sofrido com a criação que teve —com a educação que recebeu da rainha Elizabeth e do príncipe Philip—, acabou causando o mesmo "sofrimento" a seus filhos.
Em sua obra, o Duque de Sussex terá a oportunidade de avaliar a paternidade de Charles e explicar exatamente o que lhe incomodou em sua criação.
Meghan e maus tratos a empregados
Também é esperado que Harry aborde as alegações, publicadas pelo jornal The Times, de que Meghan teria maltratado funcionários do Palácio de Kensington.
De acordo com o artigo, o então secretário de comunicação do palácio, Jason Knauf, fez uma reclamação oficial em 2018 depois de saber que ela teria praticado bullying com três funcionários e os colocado sob "uma pressão insuportável".
O livro é uma oportunidade para Harry esclarecer as acusações contra a mulher.
Diana e a realeza
Harry já expôs o trauma que foi a morte da mãe, quando tinha 12 anos. Admitiu que recorreu ao álcool e às drogas para lidar com a perda e disse ter medo de que Meghan acabasse da mesma forma que Diana, perseguida pela mídia sensacionalista e morta.
Ele nunca falou muito sobre a relação da mãe com a família real, também marcada por atritos. Ao falar do livro, o duque cita "as perdas que o ajudaram em seu crescimento", e esperamos portanto uma boa quantidade de páginas dedicada à Princesa do Povo.