'Sou preta no país da Tropicália', diz Preta Gil ao falar de ódio nas redes
A pandemia do novo coronavírus pegou Preta Gil em cheio. Ela perdeu sua avó materna, dona Wangry, e o amigo Paulo Gustavo. E foi graças à arte que conseguiu "encontrar a mola no fundo do poço".
Em parceria com o filho Fran, Preta lança "Meu Xodó", música que estava guardada havia mais de um ano e que foi resgatada por ele há cerca de dois meses. Em conversa em vídeo com Splash, Preta falou sobre o single e sua importância.
Preta Gil
Nessa parceria entre mãe e filho, uma pergunta que fica no ar é a continuação artística da família Gil. Preta conta que, obviamente, sempre ouviu aquela pergunta básica:
"Como é ser filha de Gilberto Gil?"
Se, no começo da vida, esse tipo de comentário era tranquilo, ao se aventurar na música, ela percebeu que a frase passou a ganhar um peso maior, atribuindo uma responsabilidade da qual ela tentou até fugir.
Quando me lancei na música, não sabia lidar direito com essa pressão. Tinha uma coisa de querer romper com esse laço, mas hoje tenho uma relação de paixão e respeito enorme. Hoje não problematizo o fato de ser filha de quem eu sou, de ser parte da família que sou.
Mas o tempo passa. Preta acredita que, com a maturidade, passou até a aproveitar melhor o seu "histórico familiar". A cantora também acredita que o filho aproveite bem essa questão, sem sentir o peso de ser um Gil.
![Reprodução/Instagram @pretagil - Reprodução/Instagram @pretagil](https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/ec/2021/01/14/gilberto-gil-e-a-filha-preta-gil-1610672575499_v2_600x600.jpg)
Preta Gil
Preta no país da Tropicália
Artista de sucesso, Preta Gil também é uma empresária com muitos negócios de destaque.
Responsável pelo selo Black Tape, pela Liga Entretenimento e sócia da agência Mynd, que cuida de carreira dos maiores influenciadores digitais do país, Preta diz que a pandemia fez com que ela pudesse cuidar mais de seus negócios.
Mas ela tem mesmo é saudade dos palcos.
E por falar em influência, Preta Gil está nas redes desde seus primórdios — e sempre marcando posição. Ela brinca que sua primeira conta foi no Orkut para "vigiar" a página "Todo Mundo Odeia a Preta".
Para a cantora, o ódio presente nas redes sociais é um reflexo da sociedade brasileira, e ela nunca se espantou com o que via ali. Mas que também não tem essa de desaforo que fica por isso mesmo: quando é atacada, diz que toma as medidas legais.
Minha relação com as redes sempre foi essa, de dubiedade, de muito amor e ódio. A vida, para mim, não é um mar de rosas, não sou a preta no país das maravilhas. Sempre soube que sou a preta no país da Tropicália. E isso é lidar com as mazelas, com o conservadorismo. Estou nesse front.
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