Kiss: Gene Simmons critica governo Bolsonaro e elege show no Rio o melhor
Gene Simmons, 71 anos, baixista e vocalista do Kiss, não é o maior fã do governo Jair Bolsonaro.
O rockstar linguarudo estreia hoje "Kisstory", um documentário sobre a história da banda. Em entrevista coletiva, ele, que tem programados quatro shows com a banda no Brasil em 2022, disse que o país "é um grande problema" em relação à pandemia.
A política se mete no meio da ciência e daí temos um monte de m****. Há pessoas morrendo, então, por favor, se vacine. Você precisa fazer isso por você e pelos outros que podem morrer porque um político disse que a pandemia é fake. Políticos são idiotas. Ouça os cientistas e os médicos.
Trailer de 'Kisstory'
Shows no Brasil
Fora isso, Gene guarda muito carinho pelo Brasil e está ansioso para se apresentar em solo verde-amarelo.
Ele diz que, na turnê mundial, programada para ser a última da banda, todos da equipe "usarão máscaras, lavarão as mãos a todo momento e estarão vacinados".
E lembra que o show mais memorável do Kiss foi a apresentação que fizeram no Maracanã, em 1983.
Questionado sobre o momento de sua vida que gostaria de reviver repetidas vezes, ele não pensou muito para responder.
Lembro de olhar para o estádio do Maracanã, o maior do mundo, e não entender a quantidade de pessoas que estavam lá. Se eu pudesse, tocaria esse show todas as noites. Foi a coisa mais maravilhosa que já vivemos. Foi como se estivéssemos tocando para o mundo.
Fã de Billie Eilish
Gene é grande fã dos artistas que moldaram e influenciaram o Kiss, como os Beatles e Little Richard, mas não ficou parado no tempo e tampouco desdenha de artistas da nova geração.
Ele se diz fã de Billie Eilish e de artistas latino-americanos atuais.
Ele acredita, porém, que a tecnologia "fica no caminho de bons talentos".
O problema é que muitos programas de televisão fazem acreditar que se você canta no chuveiro pode ser um artista. Eu amo rap, mas não tem gente por trás dos instrumentos. Os produtores não tocam instrumentos, não cantam.
Piores momentos
Para Gene, o momento mais triste da banda foi quando ele e Paul Stanley perceberam que os outros integrantes que fundaram o grupo não permaneceriam ao lado deles.
A gente teve de se separar de Ace Frehley e Peter Criss três vezes. Eles sempre serão parte da banda e os amamos, mas não funcionou. Eu liguei para eles e perguntei se queriam participar do documentário e se queriam tocar algumas músicas na turnê, e ambos disseram 'não'.
Vitalidade
O baixista atribui a boa forma física —afinal, ele cospe fogo e se apresenta com figurinos pesados aos 71 anos— aos bons hábitos. Ele vai à academia quase todos os dias e tem a alimentação regrada.
'Kisstory'
Gene promete que a o documentário sobre a banda será "um retrato honesto" de sua história. A produção do A&E estreia no streaming VOD hoje e vai ao ar no canal a cabo nos dias 21 e 22 de agosto, às 22h30.
Não são só rosas e doçura. Queríamos mostrar que qualquer jornada vai ter muitas lombadas na estrada. A vida também tem momentos ruins. A honestidade de 'Kisstory' é algo de que nos orgulhamos.
No próximo ano, a banda deve estrear ainda um filme na Netflix, intitulado "Shout It Out Loud" e dirigido por Joachim Rønning ("Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar").
O filme será sobre quatro caras de Nova York que se juntaram para formar uma banda e sobre como foi o começo da cena glitter. O movimento foi algo importante, apesar de só a gente ter ficado grande.
Fim da carreira
Depois de sua última turnê, Gene prevê lágrimas.
Sair dos palcos vai partir meu coração. Sei que vou chorar, mas você tem de pensar na jornada e em como ela foi incrível. Não mudaria nada. Nós temos nossos negócios e talvez eu toque com a minha banda, mas nada vai se comparar ao Kiss.
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