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Após hit de 2019, Felipe Araújo quer voltar ao topo com amor, não política

Felipe Araújo - Divulgação
Felipe Araújo Imagem: Divulgação

Lucas Pasin

De Splash, no Rio

15/08/2021 04h00

Ele foi dono da música mais ouvida nas rádios em 2019: o hit "Atrasadinha". E, desde então, Felipe Araújo vive a missão se manter no topo de um dos gêneros mais disputados no Brasil, o sertanejo, driblando os desafios da pandemia de covid-19 e um mercado de shows completamente afetado. Para a tarefa, o cantor aposta nas próprias raízes musicais e resgata também o lado romântico no DVD "Check".

Tentei abordar a essência dos meus primeiros trabalhos, algo bem sertanejo, tocando o coração. Gosto muito de passear por outros estilos e fiz várias vezes isso recentemente, inclusive em 'Atrasadinha'. Mas agora fui um pouco para o outro lado. É o momento de falar de amor,
Felipe Araújo, em entrevista ao Splash.

"Check", gravado em maio em Uberlândia, teve sua primeira parte, em formato de EP, lançado em junho. O álbum, apresentado agora de forma completa ao público, traz dez faixas, cinco delas inéditas.

O cantor de 26 anos entende os desafios que encontrará pela frente, principalmente para se manter entre os melhores. Neste caso, entender as próprias fraquezas e inseguranças é uma forma segura de seguir pelo caminho certo na carreira.

A pandemia me trouxe algumas incertezas, não vou mentir, mas sabia que se trabalhasse com dedicação as coisas poderiam seguir. Me dediquei a compor e estou contente com o resultado do meu DVD. Estar no cenário sertanejo, com tantos nomes por aí, é algo surreal para mim. Quero voar ainda mais longe.

Felipe Araújo - Divulgação - Divulgação
Felipe Araújo assume incertezas durante a pandemia de covid-19
Imagem: Divulgação

Semelhanças com Cristiano Araújo

Felipe Araújo provou, há algum ter, ser mais que o "irmão de Cristiano Araújo". Em "Check", inclusive, ele divide o palco com artistas gigantescos do gênero, de Gusttavo Lima à clássica dupla Bruno & Marrone, e dá conta do recado com desenvoltura.

Mas também não se incomoda com as comparações:

Vejo semelhança na voz em algumas músicas. Tem o fato da genética, claro, mas também cresci ouvindo o Cristiano e isso é uma influência. Alguns tons, quando canto mais grave, lembram ele", fala o artista, que destaca: "Sempre vão lembrar do Cris e isso é importante.

Gusttavo Lima é considerado um 'padrinho' para Felipe Araújo - Divulgação - Divulgação
Felipe Araújo e Gusttavo Lima
Imagem: Divulgação

'Não entendo nada de política'

Diferentemente de alguns sertanejos, Felipe não se envolve em discussões acaloradas sobre política nas redes sociais. O cantor até se irrita quando se sente pressionado a falar do assunto, e explica o motivo:

De fato não entendo nada de política. Não tomo partido nunca e não entro em debate porque não consigo nem argumentar. O que eu sei fazer é música e prefiro levar meu trabalho, tocar o coração das pessoas, por esse caminho. Esse sou eu.

Turnê internacional

Felipe se empolga, realmente, ao detalhar os planos pós-pandemia. Ele comemora a vacinação e sonha com uma turnê internacional.

Os eventos precisam voltar, muitas famílias dependem deles, e eu vejo uma luz no fim do túnel. As pessoas estão se vacinando, temos boas previsões, e sei que vamos voltar a fazer shows. Penso bastante na minha turnê internacional, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, antecipa.

Por fim, o sertanejo dá um breve spoiler sobre um chamado "projeto da vida" que não envolve diretamente os shows, turnês e discos.

"Logo poderei falar, mas posso adiantar que terei um projeto, no segundo semestre, envolvendo música e futebol. Será incrível"