R. Kelly estava controlando entrevista de vítimas que o defenderam em 2019
Uma das mulheres que defenderam o cantor de R&B R. Kelly das acusações de abuso sexual e pedofilia em 2019 revela em depoimento ao tribunal que ele estava controlando suas respostas durante a entrevista.
A vítima que se pronunciou no tribunal teve sua identidade preservada. Ela afirma que R. Kelly estava presente no momento de sua entrevista ao canal CBS e tossia durante as gravações para garantir que ela seguisse um roteiro.
As duas mulheres, então identificadas como "namoradas" do cantor, viviam na casa dele e tinham 21 e 23 anos. A vítima diz que elas eram proibidas de assistir ao documentário "Sobreviver a R. Kelly: Acerto de Contas", que reúne depoimentos de vítimas do ídolo da música dos Estados Unidos e dono de hits como "I Believe I Can Fly".
Em seu depoimento nesta semana, ela conta que R. Kelly prometeu promover sua carreira musical quando eles começassem a namorar, mas nunca cumpriu a promessa. Uma vez, para puni-la, ele a obrigou a fazer sexo com um homem que chamou de "Sobrinho", que o músico dizia ter "treinado" desde cedo também.
Kelly, de 54 anos, responde por acusações de abuso que vão de 1994 a 2018 e incluem pornografia infantil, sexo com menores, exploração de um culto sexual e agressão sexual. Ele foi preso em 2019, e agora a Justiça ouve as vítimas: duas mulheres já deram seus depoimentos, e outras ainda vão se pronunciar.
R. Kelly se declarou culpado diante de nove acusações que descrevem supostos abusos de seis mulheres e meninas, entre elas a cantora já falecida Aaliyah.
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