Karinah, que comprou mansão de Xuxa, quer ser potência no 'Femigode'
Da 'rainha dos baixinhos' para a 'rainha do pagode'. Karinah, 40 anos, deixou as redes sociais curiosas ontem após viralizar por ter comprado a mansão de Xuxa Meneghel, no Rio, à venda por R$ 45 milhões. A cantora, com dez anos de carreira, é um dos destaques no pagode nacional e, após alcançar o topo das rádios em julho com a música "No Fim do Mundo", parceria com Belo — algo que não acontecia com uma mulher do segmento há 20 anos — se coloca como potência na defesa do 'femigode' e avisa: "a mamãe está on!".
Karinah nasceu em Curitiba, Paraná, e foi criada em Santa Catarina, onde começou a cantar em saraus familiares. Foi abrindo o show de Ivete Sangalo que a pagodeira foi notada pela primeira vez por um grande empresário e resolveu apostar com tudo na carreira nacional
Ivete é uma das minhas inspirações. Ela, assim como eu, é mãe de gêmeos, uma mulher justa, que sabe até onde pode ir como artista e mulher. Quando abri um show dela em Santa Catarina, o destino me empurrou para a música nacional. Um empresário me viu e me jogou no mundo. Fui para Salvador e preparei meu primeiro disco solo. Aí não parei mais. Digo que Ivete foi um divisor de águas na minha vida".
A cantora, que hoje recebe o apoio da "madrinha" Alcione, sabe das dificuldades em encontrar referências femininas no pagode atual. Pensando nisso, ela criou um projeto chamado "K entre nós", e colocou 27 mulheres no palco. O show, gravado no Rio de Janeiro, promete ser lançado em breve. Karinah quer que a apresentação seja exibida em algum canal de TV.
Estamos falando de um mercado totalmente dominado por homens. Desde 2000, com Adryana e a Rapaziada, não surge uma mulher no segmento, uma potência no pagode. As gravadoras precisam dar atenção para isso. Me considero sim precursora, mas na verdade sou um soldadinho, e estou no processo de ventilar outras meninas. Juntas somos mais fortes e talentosas".
Machismo e 'climão' com pagodeiro
Participando de rodas de samba e pagode, Karinah já sentiu na pele o que é ser uma das poucas mulheres em uma ambiente rodeado de homens - e com muito machismo. Ela relembra um episódio em que se viu desafiada e desrespeitada por um artista bastante conhecido, que prefere não citar o nome.
Sou ácida e me posiciono de uma forma que a pessoa vai pensar duas vezes antes de repetir o que fez. Uma vez um artista olhou para mim e falou para os outros: 'Essa daí não desistiu ainda não?'. Olhei e pensei: 'Agora você vai ver. Talvez um dia eu desista, mas só depois de ver você abrindo um show para mim'. Isso me motivou ainda mais. E o melhor, nem precisei fazer muito esforço. Esse artista é tão bobo que está se perdendo em suas próprias atitudes. Muito imaturo".
Ludmilla no pagode:
Assim como fez o movimento sertanejo, hoje com muitas mulheres no topo, Karinah acredita que o pagode feminino precisa se unir cada vez mais. E ela vê com bons olhos quando cantoras conhecidas por outro ritmo, como Ludmilla, abraçam o movimento.
A vinda da Ludmilla é muito importante para nós. Ela tem um público fiel, cativo, e é uma mulher que realmente gosta e tem verdade no que canta. Não é uma artista pegando onda".
Sem papas na língua, Karinah faz apenas uma crítica para a "nova pagodeira":
Ludmilla poderia dar um pouquinho mais de oportunidade para algumas mulheres. Ser mais gentil, provocar uma troca com as mulheres. Ela chama muitos meninos só, e se chamar garotas poderá fortalecer ainda mais."
Novo DVD vem aí
A "Rainha do Pagode" está com a agenda cheia para o mês de setembro. Ela se apresentará toda quinta-feira no "Bar Alcione, a Casa da Marrom", no Rio, abrindo os shows de Alcione; e também gravará um DVD.
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