Tralli quase sozinho em avião e desabamento ao vivo: o 11 de Setembro na TV
A pergunta que sempre volta no nosso dia a dia é onde você estava em 11 de setembro de 2001. Isso devido aos ataques terroristas às Torres Gêmeas em Nova York.
Se você estava longe dali, provavelmente acompanhou tudo pela TV com transmissões que duraram até cinco horas.
Segundo dados do Ibope da Grande São Paulo em 11 de setembro de 2001 a Globo liderou a audiência no plantão dos atentados, com 21 pontos, seguido por SBT, com 11,4, e Record, com 6,2. Na época, cada ponto equivalia a 44 mil domicílios com a TV ligada na emissora.
Carlos Nascimento no Plantão da Globo
O primeiro ataque, quando um avião atingiu a torre norte do World Trade Center, aconteceu às 8:43 da manhã do horário local, 9:43 no horário de Brasília. Poucos minutos depois das 10h Carlos Tramontina entraria no ar com o temido plantão da Globo para informar o até então acidente em Manhattan.
Carlos Nascimento no Memória Globo
Cesar Tralli foi escalado para reforçar a cobertura da TV Globo em Nova York. Mas o primeiro voo que partiu do Brasil para os Estados Unidos foi na sexta-feira, três dias depois do atentado que fechou todos os aeroportos do país.
Cesar Tralli no Memória Globo
O jornalista lembra que no avião só estavam ele, o cinegrafista e um fotógrafo da Folha de S.Paulo como passageiros, além, claro, dos pilotos e tripulação.
Zileide Silva, que era correspondente da Globo em Nova York, estava de férias, mas já tinha voltado para a cidade. Ela foi convocada às pressas para voltar ao trabalho.
Zileide Silva no Memória Globo
Foi Zileide também que deu a notícia de que o autor do atentado foi Osama Bin Laden, ao vivo, no Jornal Nacional. A edição do jornal de 11 de setembro de 2001 concorreu ao Emmy de melhor noticiário internacional dos atentados.
Zileide Silva no Jornal Nacional
Nos Estados Unidos, a CNN e outras emissoras transmitiam ao vivo os ataques. Surpreendentemente, 20 minutos depois do primeiro avião se chocar com a torre norte, outro avião se chocou com a torre sul do World Trade Center. As imagens foram capturadas pelas TVs.
N.J. Burkett, repórter da CNN dos EUA, estava bem próximo às Torres Gêmeas gravando uma entrada para a emissora quando, de repente, a torre sul desabou. O repórter correu para se abrigar, tudo registrado pelas câmeras. Minutos depois, a torre norte também desabaria, restando apenas escombros.
Ainda que com uma tecnologia inferior à atual e sem o buzz das redes sociais, o 11 de Setembro foi um momento histórico com muitos registros. As câmeras de TV puderam captar o horror ao vivo, enquanto moradores de Nova York também faziam seus próprios vídeos, aproveitados em documentários e filmes.
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