Alanis Morissette diz que vários homens a estupraram quando tinha 15 anos
Alanis Morissette revelou em um documentário produzido pela HBO que foi estuprada por vários homens quando tinha apenas 15 anos. A cantora é natural do Canadá, e naquele país, a idade mínima para relações sexuais é de 16 anos; dessa forma, mesmo quando há consentimento da pessoa, ainda seria estupro aos olhos da lei.
"Vou precisar de ajuda porque nunca falo sobre isso. Levei anos em terapia para admitir que houve qualquer tipo de vitimização da minha parte. Eu sempre diria que estava consentindo, e, então, lembrei como: 'Ei, você tinha 15 anos, você não está consentindo aos 15'. Agora eu digo, 'Ah sim, eles são todos pedófilos. É tudo estupro'", explicou Alanis no documentário, que teve trechos repercutidos pelo "The Washington Post".
A cantora afirmou ainda que falou com pessoas do meio artístico a respeito da situação, mas não recebeu apoio. "Eu contei para algumas pessoas e meio que caiu em ouvidos moucos", lamentou Alanis, que começou a crescer na carreira nessa mesma época, quando passou a frequentar programas de televisão no Canadá. Ela afirmou que, mesmo sem abuso, diversos avanços sexuais de homens mais velhos eram comuns.
Ela — que não nomeou seus agressores — disse também que levou todo esse tempo para falar a respeito o assunto de forma aberta para proteger sua família. "O fato de eu não contar informações específicas sobre minha experiência de adolescente foi quase exclusivamente em torno de querer proteger, proteger meus pais, proteger meus irmãos, proteger futuros parceiros. Toda aquela coisa de: 'Por que as mulheres esperam?'. As mulheres não esperam. Nossa cultura não escuta".
O documentário sobre Alanis, dirigido por Alison Klayman, estreia hoje no Festival Internacional de Toronto e vai abordar praticamente toda a vida de Alanis, desde o começo de sua carreira até o estrelato. Por motivos não informados, ela não comparecerá à première.
Como denunciar violência contra a mulher
Mulheres que passaram ou estejam passando por situação de violência, seja física, psicológica ou sexual, podem ligar para o número 180, a Central de Atendimento à Mulher. Funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo Whatsapp no número (61) 99656-5008.
Também é possível realizar denúncias de violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).
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