Como John Amplificado virou fenômeno com um hit e não temeu Juliette
John Amplificado é o artista do momento: com apenas um hit, "Chega e Senta", ele não sai das mais tocadas dos streamings de música. Só no Spotify, ele se tornou rei absoluto no ranking das mais ouvidas do Brasil. Para se ter uma ideia, nem mesmo o "fenômeno" Juliette Freire, que chegou quebrando tudo, tirou o reinado do pernambucano do forró.
Splash conversou com John para entender o que há por trás do sucesso meteórico. Com os pés no chão, afirma que cada detalhe do projeto foi planejado há meses, passando pela identidade musical, visual e, claro, as próprias composições.
Antes de Juliette se projetar oficialmente como cantora, no começo de setembro, com o primeiro EP muito aguardado pelo público, o artista de "Chega e Senta", que lançou a primeira música de trabalho em seis de agosto, já estava bombando. John não perdeu o sono por causa da "concorrente", que assim como ele traz representatividade ao nordeste.
"Preocupado não fiquei. Existe toda uma falação nos bastidores, não só da minha parte. Todos os artistas falavam do lançamento da Juliette, que bateu recorde nacional de pré-saves [foram mais de 600 mil no Spotify]. O pessoal da gravadora comentou: 'amanhã, infelizmente, você vai perder o primeiro lugar, hein!'. Falei que não tinha problema", afirma.
Juliette é um fenômeno, e com fenômeno não se discute. Consegui manter meu lugarzinho [nas mais tocadas].
John não desperdiçaria a oportunidade se rolasse um convite para uma parceria com a campeã do "BBB 21": "Quem não tem vontade de fazer um feat com Juliette? Até Luan Santana e Safadão quiseram, né? Todos querem!".
Além de região em comum, John e Juliette possuem uma ligação profissional: ele é do escritório Work Show, o mesmo de sertanejos como Marília Mendonça, Maiara e Maraísa e Zé Neto & Cristiano, que por sua vez possui parceria com a gravadora da ex-BBB. Ou seja, está todo mundo "em casa".
Fico feliz demais pela Juliette. O momento que estamos vivendo no país é único. São vários nordestinos se destacando, não só na música. Isso nunca havia acontecido antes. Fico muito orgulhoso por cada um que está conquistando o seu espaço.
Assista ao clipe de "Chega e Senta", de John Amplificado
É fenômeno que fala!
John Amplificado repaginou completamente a identidade artística, recomeçando a carreira praticamente do zero. Por oito anos, o pernambucano de 25 anos era mais conhecido em sua região. O nome artístico era outro: John Geração. A necessidade pela mudança veio após assinar com o escritório Work Show, de Goiânia.
Queriam um artista nordestino com uma pegada para cima, o que eles não tinham ainda porque a maioria [dos cantores do escritório] é do sertanejo. Embarcamos nessa viagem e começamos a criar o produto. Eu era conhecido na minha região, mas no restante do país não. Queríamos apresentar algo completamente novo. Fomos abençoados por Deus.
O cantor não nega que foi difícil desapegar do que havia construído: "Dói um pouco, porque passa um filme na cabeça. Sempre fui confiante nesse novo projeto, mas não imaginava essa proporção em tão pouco tempo".
É só o começo!
Ele começou a perceber que estava indo pelo caminho após ver o hit viralizar com outros cantores, como GKay e o sertanejo Henrique. Daí em diante foi só alegria. Isso o estimula ainda mais a continuar, uma vez que o projeto está só no início.
"A minha vontade é de trabalhar mais. Estou muito animado. É um projeto recém-nascido, com uma música, e tomou essa proporção. Tenho 13 músicas para lançar ainda esse ano. Como não estou feliz? Estou empolgado. Quero mostrar ainda mais!".
Amplificado divulga na próxima quinta-feira (16) a música "Replay" — e na sexta (17), o clipe — que teve o lançamento adiantado graças ao estouro de "Chega e Senta". Ele promete uma música com a mesma pegada picante do primeiro hit, mas avisa: sem ser vulgar.
Tem um papo safado, aquele papo de 'você está me procurando, mas agora não quero mais'. O projeto vai sempre ter essa pitadinha. 'Replay' é uma música chiclete demais. O pessoal vai dormir pensando nela, tenho certeza!.
Para quem tem curiosidade, ele afirma que está solteiro e curtindo o assédio dos fãs: "Não é pelo assédio, mas é o reconhecimento. Sou muito tranquilo com isso".
Gabriel Diniz: amigo e principal inspiração
John começou a cantar aos 14 anos, em Recife. A influência não veio de casa, já que ninguém da família é da música. A inspiração principal veio com Gabriel Diniz (1990 — 20019), de quem era amigo e cuja morte em um acidente de avião causou grande comoção no país.
Quem me conhece de anos, sabe que ele foi muito importante na minha carreira e que me ajudou demais. É um cara único, que o Brasil não conseguiu conhecer direito. GD me ajudou demais na minha carreira. Foi muito difícil [a morte de Gabriel Diniz]. Ainda é, né? Mas sei que tudo o que está acontecendo na minha vida tem o dedo dele lá de cima.
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