Fontenelle é indiciada por crime de racismo após comentar caso de DJ Ivis
Antonia Fontenelle foi indiciada pela Polícia Civil da Paraíba pelo crime de preconceito e racismo após ter feito comentários sobre o caso de DJ Ivis - preso por agredir a ex-mulher, Pamela Hollanda. A youtuber e apresentadora utilizou expressões como "esse paraíbas" e "paraibada", uma conduta preconceituosa de acordo com investigação, praticando crime previsto no Artigo 20, parágrafo 2º , da Lei 7716/1989.
Ao UOL, Pedro Ivo, delegado seccional da 1ª Delegacia de Polícia Civil de João Pessoa, explicou que foi realizada uma perícia nos vídeos que circularam nas redes sociais, com inquérito concluído hoje.
A youtuber foi indiciada pelo crime de preconceito e racismo. A investigação foi aberta no dia 14 de julho após declarações feitas por ela nas redes sociais. Antonia utilizou expressões que denotam preconceito contra pessoas de origem da Paraíba. Percebemos a situação e acionamos a delegacia responsável por combate a este time de crime aqui, com isso a investigação aconteceu sobre o caso.
Procurada pelo UOL, Antonia Fontenelle não respondeu às ligações e mensagens até a publicação da matéria.
O delegado explicou ainda que a apresentadora foi chamada para interrogatório na Delegacia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde explicou as expressões utilizadas.
Ela alegou que não teve intenção de atingir o povo paraibano como um todo, e que estava apenas indignada contra o DJ Ivis. Antonia pediu desculpas e justificou que estava em um momento de raiva. Analisamos o que foi dito e concluímos que ela não direcionou as declarações apenas para uma pessoa específica.
Tentativa de trancar a investigação:
O delegado Pedro Ivo ainda explicou que Antonia Fontenelle tentou paralisar a investigação contra o crime de racismo e não obteve sucesso.
Antonia tentou trancar as investigações na Paraíba, ajuizando um habeas corpus, alegando que havia abuso de autoridade. O argumento não foi acatado.
Pena de 2 a 5 anos e multa:
De acordo com o delegado, o caso de Antonia Fontenelle será encaminhado ainda hoje para o judiciário. Caso ela seja denunciada pelo Ministério Público, a pena pode ser de 2 a 5 anos de detenção e multa:
O Ministério Público tomará as providências cabíveis em relação ao caso. Se virar um processo judicial, ela terá a oportunidade de se defender e o juiz julgará. Pena pode ser de reclusão de dois a cinco anos e multa, Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97
'Vítima de Calúnia'
Em julho, quando a investigação contra Antônia Fontenelle foi aberta, os advogados da apresentadora enviaram uma nota ao UOL alegando que a apresentadora era "vítima de calúnia":
"A Antonia está sendo vítima de calúnia, pois teve a fala deturpada e retirada de um contexto, quando manifestou indignação nas redes sociais a respeito da violência doméstica praticado pelo DJ Ivis contra a esposa, fato divulgado em mídia nacional. Ela jamais teve a intenção de ofender o povo da Paraíba, apenas manifestou opinião sobre o covarde comportamento de um paraibano em específico, do qual temos certeza que não é orgulho para nenhum de seus conterrâneos no momento. O Delegado que determinou a instauração do inquérito policial certamente está sendo induzido a erro, mudaram o foco da questão. Com a investigação será elucidado o fato específico, minha cliente não cometeu o suposto crime alegado. A situação vem causando um abalo imensurável à honra de Antonia, e eventual denúncia caluniosa será apurada, sob as penas da Lei."
O caso
Ao comentar uma publicação no Instagram sobre o caso de DJ Ivis, que é paraibano, a influenciadora escreveu: "Esses Paraíbas fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo".
Criticada, ela completou: "Paraíba é força de expressão, quem faz 'paraibada', como por exemplo bater em mulher. Esses machos escrotos que ganham uns trocados e acham que podem tudo".
Antonia Fontenelle acabou se envolvendo em uma discussão com Juliette Freire, que é paraibana. A vencedora do BBB 21 rebateu. "Não é força de expressão, é xenofobia. Não existe 'ser Paraíba' e 'fazer paraibada'. Existe ser PARAIBANA/O, o que sou com muito orgulho. Tire seu preconceito do caminho, que vamos passar com a nossa cultura e não vamos tolerar atitudes machistas e xenofóbicas de lugar algum".
Essa não foi a primeira acusação de xenofobia de Antonia Fontenelle. Em fevereiro, ela foi indiciada pelos crimes de racismo e xenofobia após dizer que Giselle Itié deveria voltar para o México, país onde a atriz nasceu.
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