Mentiras, vídeos apagados e demissão: a vida de Alexandre Garcia após Globo
A CNN anunciou a demissão de Alexandre Garcia após desmentir ao vivo uma fala do jornalista. A emissora destacou que a decisão foi tomada após ele defender, por inúmeras vezes, o tratamento precoce contra a covid-19.
Em sua participação no quadro "Liberdade de Opinião", o comentarista falava sobre as denúncias contra a operadora de saúde Prevent Senior quando afirmou que os "remédios sem eficácia comprovada salvaram milhares de vidas".
Não é a primeira fala polêmica de Alexandre Garcia desde que o jornalista deixou a Globo, em dezembro de 2018. A carreira foi marcada por comentários questionáveis, principalmente por conta das participações na programação da CNN Brasil.
Defesas de tratamentos precoces
Garcia também foi desmentido ao vivo em 19 de agosto durante o "CNN Novo Dia" após afirmar que jovens "não precisariam tomar a vacina segundo as estatísticas".
O comentarista também se desentendeu com Rafael Colombo ao dizer ironicamente que "não estava sendo entrevistado" ao ser contrariado pelo apresentador quando defendeu que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tinha "todo o direito" de lançar um decreto proibindo governadores e prefeitos de decretarem restrições para o controle de coronavírus.
Em 27 de julho do ano passado, Alexandre Garcia fez apologia do remédio cloroquina, comentário que ele também repetiu em agosto deste ano. Na época, ele disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "é a comprovação científica de que o uso da hidroxicloroquina dá certo".
Lucro com notícias falsas
Segundo um levantamento do jornal O Globo publicado em junho deste ano, Garcia ganhou quase R$ 70 mil por audiência e publicidade com o conteúdo divulgado em seu canal no YouTube.
Ainda segundo o jornal, Garcia teve 126 vídeos tirados do ar, por ele próprio ou pela rede social. O jornalista liderou a lista feita pelo Google com os vídeos que mais lucraram com notícias falsas durante a pandemia.
Encontro com Bolsonaro
Garcia participou de encontros com o chefe do Executivo, sendo o primeiro logo após sair da Globo, em janeiro de 2019, em evento de passagem de comando da Marinha.
"Tendo o prazer de rever o Comandante Militar do Sudeste e o Presidente do Brasil", escreveu Garcia no Twitter, na ocasião. Apesar de estar ligado ao governo, ele já tinha admitido que não era bolsonarista.
Ainda assim, ele já se encontrou desde então com o ministro da Educação e viralizou ao usar de forma errada a máscara em uma cerimônia na qual Bolsonaro chamou jornalistas de "bundões".
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