Escritor tanzaniano Abdulrazak Gurnah vence Prêmio Nobel de Literatura
O escritor natural da Tanzânia Abdulrazak Gurnah ganhou hoje o Prêmio Nobel de Literatura, anunciado pela Academia Sueca.
Gurnah consegue, assim, um dos maiores reconhecimentos na área para um escritor em vida. Ele cresceu na ilha de Zanzibar, mas chegou na Inglaterra como refugiado no final dos anos 60.
De acordo com a AFP, a premiação considerou a escrita de Gurnah como ""empática e sem compromissos dos efeitos do colonialismo e o destino dos refugiados presos entre culturas e continentes".
Entre suas obras, Gurnah tem os títulos "Paradise" e "Desertion", escritos em inglês.
O primeiro conta a história de Yusuf, de 12 anos, retirado do seu lar na região rural e vive na África Ocidental pré-colonial, descrito como "a história da maioridade de um menino africano, uma trágica história de amor e um conto da corrupção da tradição africana pelo colonialismo europeu".
Já "Desertion" mostra Hassanali conhecendo um inglês que desmaia a seus pés no deserto. O homem é um escritor que acaba se apaixonando pela irmã de Hassanali, um caso de amor que faz simetria à situação do arquipélago semiautônomo de Zanzibar — "um país lutando com seu legado complicado de escravidão e domínio estrangeiro".
Zanzibar é a terra natal da atual presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan, a primeira mulher chefe de Estado da história do país. Então vice, ela tomou posse este ano após a morte do presidente John Magufuli.
Entre os autores que já venceram o Nobel de Literatura estão Ernest Hemingway, Gabriel Garcia Márquez e Toni Morrison, poetas como Pablo Neruda, Joseph Brodsky e Rabindranath Tagore e dramaturgos como Harold Pinter e Eugene O'Neill.
O prêmio de Literatura é o quarto Nobel anunciado nesta semana: já foram entregues os prêmios de Medicina, de Física e de Química. Amanhã será anunciado o Prêmio Nobel da Paz.
*Com informações da AFP e Reuters
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