De Solange Almeida a Brisa Star, mulheres são a cara do forró eletrônico
Breno Boechat e Renata Nogueira
De Splash, no Rio e em São Paulo
20/10/2021 04h00
O forró dominou as paradas de sucessos do país inteiro, com o "boom" de novos artistas e estilos, como o piseiro dos Barões da Pisadinha e o forró de vaquejada de João Gomes. Entre as novas estrelas do ritmo, jovens cantoras como Brisa Star, Mari Fernandez e Japinha Conde mantém uma tradição que carrega o forró eletrônico desde a sua origem: a voz feminina.
A nova temporada de Splash Explicacomeça com um vídeo que conta a história das mulheres como figuras fundamentais do forró eletrônico. Desde o início da década de 1990, figuras como Eliane —que não à toa ganhou o apelido de "Rainha do Forró"— ajudam a tornar o ritmo o mais popular do Nordeste. Ela, como dizem, "pavimentou a estrada para que as outras pudessem correr"
Mais tarde, nos anos 2000, outros fenômenos forrozeiros como Solange Almeida e Márcia Fellipe comandaram uma nova revolução no gênero, no comando de bandas como Aviões do Forró e Garota Safada. As duas, até hoje, são consideradas dois dos maiores nomes da cena e no ano passado gravaram um álbum histórico, reunindo sucessos das duas carreiras no projeto "Sol & Mar".
O crescimento da pisadinha —estilo de forró feito basicamente com o teclado— também abriu espaço para novas representantes femininas na cena. Influenciadas pelas gerações anteriores, jovens cantoras como Brisa Star, de apenas 14 anos, e Mari Fernandez, de 21, "estouraram" durante a pandemia com hits como "Se Joga No Passinho" e "Não, Não Vou", mantendo a tradição das forrozeiras na indústria.