K-Pop: Brasileira Francinne faz sucesso após sair de relacionamento abusivo
A cantora Francinne viu sua vida mudar completamente quando se tornou a primeira brasileira sem ascendência asiática a entrar no K-pop, o pop da Coreia do Sul.
A mudança na carreira, segundo a cantora representa um grande passo na nova fase de sua vida, após sair de um relacionamento abusivo com o ex-namorado, o produtor Fábio Almeida, conhecido como Mister Jam,
"Eu venho de uma fase de quase desistir da minha carreira, sabe? E aí aconteceu tudo isso em menos de um ano. Eu fui para a Coreia, coisas que eu não esperava que fossem acontecer na minha vida. Eu me senti realmente valorizada, pelo meu talento, minha arte", revelou Francinne ao "Extra".
Ela acrescenta que a mudança para a Coreia do Sul foi muito rápida e inesperada."Meu empresário chegou assim: 'Você tem passaporte? Você tem visto? Vamos tirar o visto da Coreia'. E eu falei: 'tá', mas, assim, sempre com os pés no chão. Aí depois, ele diz: 'Semana que vem a gente vai para a Coreia'. E eu: 'Oi?? Sério?'. Eu não estava acreditando. Foi uma coisa muito rápida, sabe?", revelou.
Mas, a mudança para o K-pop não seria possível sem sua colaboração com o cantor Spax, ex-membro do Blanc7, em 2020. A dupla gravou uma versão de "Te Quiero Mas". "O feat. com o Spax foi o principal motivo para eu entrar nesse mundo porque foram as fãs dele que vieram até mim — relatou. — Elas que me ensinaram palavras em coreano. Eu não sabia nada. Me mandaram uns dramas pra assistir, umas músicas. Eu gostava do K-pop, mas eu acompanhava fazia muito tempo atrás, desde o 2NE1. Eu não tinha mergulhado de fato na cultura coreana", explicou.
O dueto acabou chamando a atenção de alguns empresários coreanos: "Foi uma coisa que eu não esperava, uma coisa ligou na outra e juntou. Em menos de um ano, fui, voltei da Coreia, gravei clipe, gravei música. E estou muito feliz. Eu digo que a Coreia salvou a minha vida, salvou minha carreira, salvou os meus sonhos".
Hoje, a cantora irá debutar seu primeiro single, "Fading Like a Moon". "A música é toda em coreano, e o refrão é em inglês, para fazer cantar junto. Hoje em dia eles (os idols) já têm feito músicas só em inglês para atingir o público mundial, mas como essa proposta era fazer K-pop, a gente fez em coreano", acrescentou.
Ela gravou a canção quando ainda estava no Brasil, entretanto os produtores acharam melhor que ela fosse até lá para treinar com eles, para que não houvesse nenhum erro na pronúncia. E apesar de ter cantado boa parte da canção em coreano, a artista revela que ainda tem algumas dificuldades com a língua.
"Mas, assim, eu só sei o básico do básico do básico, tipo 'o', 'tchau' e 'banheiro'. Não sei nem falar 'onde está o banheiro?', só 'banheiro'", brincou.
E quando chegou a capital sul-coreana, Francinne explica que sentiu um pouco de medo, mas muito acolhida ao mesmo tempo. E ela garante que o apoio dos fãs nessa nova fase da vida, foi essencial para as coisas darem certo.
"Caiu a ficha realmente quando eu saí da quarentena, conheci a cidade de Seul. Juro para você, eu me senti em casa. Eu sou dorameira (termo usado para fã de séries do Leste asiático, chamadas de dramas), K-poppeira (fã de K-pop). Só assisto a K-dramas (séries sul-coreanas), então já estou acostumada com a língua, falei "gente, tô em casa. Adorei! Eu quero ficar aqui pra sempre" — contou, descrevendo a experiência como 'incrível'. Jamais esperava essa reviravolta na minha vida. Então, eu estava assim muito grata. Podiam acontecer todos os perrengues do mundo, mas eu falava: 'Ah, cara, eu estou na Coreia'", finalizou.
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