O autor Gilberto Braga, que morreu ontem aos 75 anos em decorrência de uma infecção sistêmica, viveu sua própria história de amor durante quase 50 anos.
Ele e o decorador Edgard Moura Brasil oficializaram a união em 2014, depois de 41 anos de relacionamento.
Na época, durante uma celebração no apartamento que dividiam no Arpoador, Zona Sul do Rio de Janeiro, os dois assinaram um contrato de união estável.
A festa, apesar de íntima, contou com a presença de celebridades como Fernanda Montenegro, Gloria Pires, Deborah Evelyn, Dennis Carvalho e outros nomes.
Gilberto e Edgard disseram o tão aguardado "sim" ao som de Cazuza — a mãe do cantor, inclusive, também estava entre os convidados.
A última foto das redes sociais do decorador ao lado do autor foi publicada em outubro de 2016, durante uma viagem a Nova York.
Gilberto Braga nasceu no bairro Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro, no dia 1º de novembro de 1945. Formado em letras pela PUC-RJ, trabalhou como crítico de teatro e cinema do jornal O Globo antes de estrear como autor na emissora carioca.
O autor escreveu mais de 20 novelas. Suas tramas ficaram famosas por quase sempre apresentarem um assassinato misterioso nos últimos capítulos. Entre seus maiores sucessos estão "Dancin' Days" (1978), "Corpo a Corpo" (1984), "Anos Dourados" (1986), "Vale Tudo" (1988), "Dono do Mundo" (1991) e "Celebridade" (2003). Em 2008, ele venceu o Emmy Internacional de Melhor Telenovela com "Paraíso Tropical".
Relembre as obras marcantes do autor Gilberto Braga
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"Corrida do Ouro", em 1974, foi a primeira experiência de Gilberto Braga em telenovelas, quando dividiu a autoria com Lauro César Muniz e Janete Clair
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Em 1975, Gilberto Braga assumiu a autoria da novela "Bravo!", escrita inicialmente por Janete Clair. A autora afastou-se da trama para trabalhar na elaboração de "Pecado Capital", novela que substituiu "Roque Santeiro", censurada no dia de estreia.
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Em 1975, Gilberto Braga trabalhou na adaptação do romance "Helena", de Machado de Assis. A história se passa no Rio de Janeiro, em 1859.
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Em "Senhora", exibida em 1975, Gilberto Braga fez uma adaptação do romance homônimo, de José de Alencar.
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Em 1976, Gilberto Braga escreveu seu primeiro grande sucesso: "Escrava Isaura".
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"Dona Xepa", de 1977, foi inspirada na peça teatral homônima de Pedro Bloch. Protagonizada por Yara Cortes, a trama trazia a história de uma feirante que é abandonada pelo marido e cria sozinha dois filhos
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De 1978, "Dancin' Days" foi escrita a partir do esboço "A Prisioneira", da colaboradora Janete Clair. Estrelada por Sônia Braga, a novela alcançou um grande sucesso e marcou a estreia de Gilberto no horário nobre como autor titular.
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Em "Água Viva", de 1980, Gilberto Braga contou com a parceria de Manoel Carlos. A trama girava em torno de Maria Helena (Isabela Garcia), uma pequena órfã que atingiu a idade de ser transferida para outro orfanato.
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Em "Brilhante", de 1981, Gilberto Braga contou com a colaboração de Leonor Bassères e Euclydes Marinho. O comércio de joias e de pedras preciosas e o mistério sobre uma jazida de esmeraldas no Pantanal eram o fio condutor da história.
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Em 1983, Gilberto Braga escreveu a novela "Louco Amor", com a colaboração de Leonor Bassères. Na trama, a jovem e rica Patrícia (Bruna Lombardi) é apaixonada por Luís Carlos (Fábio Júnior), filho de Isolda (Nicette Bruno), a empregada doméstica da família Dumont.
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Em 1984, a novela "Corpo a Corpo" foi escrita por Gilberto Braga com a colaboração de Leonor Bassères. A trama retratou a história de Teresa (Glória Menezes), que era apaixonada por Osmar (Antônio Fagundes), um homem bem mais novo que preferiu se casar com Eloá (Débora Duarte).
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De 1986, "Anos Dourados", foi a primeira minissérie escrita por Gilberto Braga e se tornou um dos trabalhos mais elogiados e bem-sucedidos do autor. A trama marcou o retorno às produções ambientadas nos anos 1950
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"Vale Tudo", de 1988, foi escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères e dirigida por Dennis Carvalho e Ricardo Waddington.
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De 1988, "O Primo Basílio" foi uma minissérie escrita por Gilberto Braga e Leonor Bassères, tendo por base a obra de Eça de Queiroz. A história se passa na Lisboa do século XIX.
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"O Dono do Mundo", de 1991, focava na vida do antiético cirurgião plástico Felipe Barreto (Antônio Fagundes), casado por interesse com Stella (Glória Pires), filha de um rico empresário
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Gilberto Braga foi o supervisor de texto de "Lua Cheia de Amor", novela de 1991 escrita por Ana Maria Moretszohn, Ricardo Linhares e Maria Carmem Barbosa.
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Em 1992, Gilberto Braga escreveu a minissérie "Anos Rebeldes", inspirada nos livros: "1968 - O Ano que Não Terminou", de Zuenir Ventura, e "Os Carbonários", de Alfredo Sirkis.
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"Pátria Minha", de 1994, foi escrita por Gilberto Braga e Alcides Nogueira e dirigida por Dennis Carvalho.
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De 1998, a minissérie "Labirinto" foi escrita por Gilberto Braga, Paola Refinette, Leonor Bassères e Sérgio Marques. A trama começava com o assassinato de um milionário durante uma festa de Réveillon em sua cobertura em Copacabana
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De 1999, "Força de um Desejo" foi escrita por Gilberto Braga e Alcides Nogueira. A trama se passa no século XIX, no Vale do Paraíba, Rio de Janeiro.
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Em 2003, Gilberto Braga escreveu outro grande sucesso: "Celebridade". A trama tem como eixo central a rivalidade entre duas mulheres
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"Paraíso Tropical", de 2007, é uma trama urbana de Gilberto Braga, que conta a história das gêmeas Paula e Taís (Alessandra Negrini), duas mulheres fisicamente idênticas, mas com personalidades opostas
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