Fábio Assunção lembra papéis com Gilberto Braga: 'Parte da minha vida'
De Splash, em São Paulo
27/10/2021 11h56Atualizada em 27/10/2021 11h56
O ator Fábio Assunção lamentou a morte de Gilberto Braga aos 75 anos e lembrou seus personagens em algumas obras do autor, como em "Celebridades" com o ambicioso Renato Mendes.
Fábio afirmou ao "Encontro com Fátima Bernardes" que Gilberto Braga escrevia apenas para novelas e que, com o passar dos anos, ele concretizou a maneira de criar teledramaturgias no Brasil.
Fui em 94 [fazer] 'Pátria Minha', construí com ele parte da minha vida. Durante quase 15 anos tudo que o Gilberto produziu ele me convidou. Pego 10, 15 anos da minha vida que o Gilberto marcou profundamente. Os colegas que eram a turma do Gilberto, ele gostava de trabalhar. Ele tem uma importância ao Brasil. Gilberto escrevia especialmente para as novelas, foi tão relevante que ele inventou essa maneira de escrever novela e se comunicar com a população brasileira. Fábio Assunção
'Ele era um observador do mundo contemporâneo', Fabio Assunção sobre Gilberto Braga. #Encontro pic.twitter.com/ViVyyw2kAz
-- Encontro com Fátima (@EncontroFatima) October 27, 2021
Além de "Pátria Minha", Fábio trabalhou em "Celebridades", "Paraíso Tropical" e outras obras com Gilberto. Ele disse que os atores não costumavam alterar os textos entregues por Braga devido à sua qualidade e respeito ao autor.
O ator exaltou a abordagem de assuntos que hoje já estão sendo mais discutidos nas novelas de Braga.
Em 'Água Viva' discutia uso da maconha, em 'Brilhante' o amor entre pessoas do mesmo sexo. Muito relevantes para a cultura brasileira. Estava sempre falando de temas. 'Celebridade' falamos sobre a força da imprensa ligada a celebridades tinha. Era o início das fake news. Outros mais profundos. Sempre era um observador do mundo que estava vivendo e trazia para as novelas. Fábio Assunção
Relembre as obras marcantes do autor Gilberto Braga
"Corrida do Ouro", em 1974, foi a primeira experiência de Gilberto Braga em telenovelas, quando dividiu a autoria com Lauro César Muniz e Janete Clair
DivulgaçãoEm 1975, Gilberto Braga assumiu a autoria da novela "Bravo!", escrita inicialmente por Janete Clair. A autora afastou-se da trama para trabalhar na elaboração de "Pecado Capital", novela que substituiu "Roque Santeiro", censurada no dia de estreia.
DivulgaçãoEm 1975, Gilberto Braga trabalhou na adaptação do romance "Helena", de Machado de Assis. A história se passa no Rio de Janeiro, em 1859.
DivulgaçãoEm "Senhora", exibida em 1975, Gilberto Braga fez uma adaptação do romance homônimo, de José de Alencar.
DivulgaçãoEm 1976, Gilberto Braga escreveu seu primeiro grande sucesso: "Escrava Isaura".
Divulgação"Dona Xepa", de 1977, foi inspirada na peça teatral homônima de Pedro Bloch. Protagonizada por Yara Cortes, a trama trazia a história de uma feirante que é abandonada pelo marido e cria sozinha dois filhos
DivulgaçãoDe 1978, "Dancin' Days" foi escrita a partir do esboço "A Prisioneira", da colaboradora Janete Clair. Estrelada por Sônia Braga, a novela alcançou um grande sucesso e marcou a estreia de Gilberto no horário nobre como autor titular.
DivulgaçãoEm "Água Viva", de 1980, Gilberto Braga contou com a parceria de Manoel Carlos. A trama girava em torno de Maria Helena (Isabela Garcia), uma pequena órfã que atingiu a idade de ser transferida para outro orfanato.
DivulgaçãoEm "Brilhante", de 1981, Gilberto Braga contou com a colaboração de Leonor Bassères e Euclydes Marinho. O comércio de joias e de pedras preciosas e o mistério sobre uma jazida de esmeraldas no Pantanal eram o fio condutor da história.
DivulgaçãoEm 1983, Gilberto Braga escreveu a novela "Louco Amor", com a colaboração de Leonor Bassères. Na trama, a jovem e rica Patrícia (Bruna Lombardi) é apaixonada por Luís Carlos (Fábio Júnior), filho de Isolda (Nicette Bruno), a empregada doméstica da família Dumont.
DivulgaçãoEm 1984, a novela "Corpo a Corpo" foi escrita por Gilberto Braga com a colaboração de Leonor Bassères. A trama retratou a história de Teresa (Glória Menezes), que era apaixonada por Osmar (Antônio Fagundes), um homem bem mais novo que preferiu se casar com Eloá (Débora Duarte).
DivulgaçãoDe 1986, "Anos Dourados", foi a primeira minissérie escrita por Gilberto Braga e se tornou um dos trabalhos mais elogiados e bem-sucedidos do autor. A trama marcou o retorno às produções ambientadas nos anos 1950
Divulgação"Vale Tudo", de 1988, foi escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères e dirigida por Dennis Carvalho e Ricardo Waddington.
DivulgaçãoDe 1988, "O Primo Basílio" foi uma minissérie escrita por Gilberto Braga e Leonor Bassères, tendo por base a obra de Eça de Queiroz. A história se passa na Lisboa do século XIX.
Divulgação"O Dono do Mundo", de 1991, focava na vida do antiético cirurgião plástico Felipe Barreto (Antônio Fagundes), casado por interesse com Stella (Glória Pires), filha de um rico empresário
DivulgaçãoGilberto Braga foi o supervisor de texto de "Lua Cheia de Amor", novela de 1991 escrita por Ana Maria Moretszohn, Ricardo Linhares e Maria Carmem Barbosa.
DivulgaçãoEm 1992, Gilberto Braga escreveu a minissérie "Anos Rebeldes", inspirada nos livros: "1968 - O Ano que Não Terminou", de Zuenir Ventura, e "Os Carbonários", de Alfredo Sirkis.
Divulgação"Pátria Minha", de 1994, foi escrita por Gilberto Braga e Alcides Nogueira e dirigida por Dennis Carvalho.
DivulgaçãoDe 1998, a minissérie "Labirinto" foi escrita por Gilberto Braga, Paola Refinette, Leonor Bassères e Sérgio Marques. A trama começava com o assassinato de um milionário durante uma festa de Réveillon em sua cobertura em Copacabana
DivulgaçãoDe 1999, "Força de um Desejo" foi escrita por Gilberto Braga e Alcides Nogueira. A trama se passa no século XIX, no Vale do Paraíba, Rio de Janeiro.
DivulgaçãoEm 2003, Gilberto Braga escreveu outro grande sucesso: "Celebridade". A trama tem como eixo central a rivalidade entre duas mulheres
Divulgação"Paraíso Tropical", de 2007, é uma trama urbana de Gilberto Braga, que conta a história das gêmeas Paula e Taís (Alessandra Negrini), duas mulheres fisicamente idênticas, mas com personalidades opostas
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