Derivado de Army of the Dead, filme conta roubo de cofre em meio a zumbis
Quando "Army of the Dead: Invasão em Las Vegas" foi lançado, em maio deste ano, foi um sucesso na Netflix, ficando entre as dez produções mais assistidas da plataforma por diversas semanas. Então, não era de se surpreender que pouco tempo depois derivados fossem anunciados. E foi o que aconteceu: "Exército de Ladrões: Invasão da Europa" chega ao streaming hoje. No entanto, o longa não se trata de uma sequência, ao contrário.
Se no filme original acompanhamos Scott Ward (Dave Bautista) comandando um grupo de ladrões focados em invadir uma Las Vegas infestada de zumbis para roubarem o dinheiro que está guardado em um hotel, agora o foco é do simpático Dieter (Matthias Schweighöfer), o especialista em cofres cheio de manias que, durante "Army of the Dead: Invasão em Las Vegas", ganhou o coração do público.
Por se tratar de uma história anterior à original, muito pouco de "Exército de Ladrões: Invasão da Europa" lembra o que foi assistido anteriormente e este fato se deve também às mudanças na direção. Enquanto Zack Snyder comandou quase todas as esferas do filme de zumbi — ele dirigiu, criou, produziu e roteirizou —, a nova produção ficou sob a direção de Matthias Schweighöfer o próprio protagonista; Snyder assina apenas a produção e o roteiro.
Se o espectador espera uma produção de zumbis, se frustrará, pois as criaturas aparecem em pouquíssimas cenas, que são possíveis de contar nos dedos de uma mão. Há apenas a menções sobre o que está acontecendo em Las Vegas e como os monstrengos estão se proliferando. O foco da narrativa é outro: acompanhar a transformação do personagem: antes, Sebastian, um atendente de um banco alemão, para depois se tornar Dieter, um aventureiro que aceita a proposta de US$ 250 mil para arrombar um cofre e enfrentar zumbis. E é essa mudança que acompanhamos em "Exército de Ladrões: Invasão da Europa".
Apaixonado por cofres e suas histórias, Sebastian cria um canal no Youtube sobre o assunto. Assim, ele é descoberto por Gwendoline (Nathalie Emmanuel), uma ladra profissional que testa as habilidades do alemão ao atraí-lo para peculiar competição de arrombamento de cofres — um dos momentos mais divertidos do filme.
Então, o filme se desenrola como uma mistura de aventura, romance e comédia. Com cenas de ação muito bem coreografadas e humor afiado, a direção de Schweighöfer consegue se diferenciar bastante do que foi apresentado por Zack Snyder e entrega um filme mais coeso, divertido e, por que não dizer superior a "Army of the Dead: Invasão em Las Vegas"?
E não é apenas como diretor que Matthias Schweighöfer triunfa, mas ele também mostra que consegue muito bem se manter como um carismático protagonista, provando que a decisão de fazer o primeiro derivado do universo focado em Dieter foi bastante acertada. Ele transita com leveza entre os gêneros, entregando o que é necessário para que o público crie laços e se importe com o personagem.
Outro ponto positivo de "Exército de Ladrões: Invasão da Europa" é não precisar ter assistido ou se lembrar do que foi apresentado em "Army of the Dead: Invasão em Las Vegas". Sendo até mesmo uma boa oportunidade para quem não conhece a produção de zumbi entrar neste mundo. Por se tratar de uma história anterior, é fácil de entender tudo o que é apresentado e, mesmo sem ter conhecido Dieter antes, é possível simpatizar com ele.
Mesmo sendo uma grata surpresa, "Exército de Ladrões: Invasão da Europa" não era um filme necessário. Inclusive, ele faz parte daquelas produções que são zoadas por existirem "sem ninguém ter pedido". No entanto, é uma boa expansão de universo, além de fomentar a curiosidade do que pode vir aí com a já anunciada sequência "Planet of the Dead".
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