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Mario Frias ataca Wagner Moura após crítica ao governo: 'Patético e chorão'

O secretário da cultura, Mario Frias, respondeu declaração de Wagner Moura - Reprodução/Instagram
O secretário da cultura, Mario Frias, respondeu declaração de Wagner Moura Imagem: Reprodução/Instagram

De Splash, em São Paulo

02/11/2021 17h01Atualizada em 04/11/2021 23h33

O secretário de cultura Mario Frias respondeu uma declaração do ator Wagner Moura durante o "Roda Viva" exibido ontem pela TV Cultura. O artista dirige o filme "Marighella", que será lançado em 4 de novembro nos cinemas.

"Esse Wagner 'Choura' é patético. Diga-me com quem andas e te direi quem és! Chorão!", escreveu Frias em uma publicação feita no Twitter, onde insinua a ligação de Moura com os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, do PT.

Wagner Moura não citou o nome de Mario Frias durante a entrevista ao "Roda Viva". O artista e diretor fez referência ao cargo e criticou os membros do governo Bolsonaro ao afirmar que não comenta os ataques de Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, sobre o filme "Marighella".

Eu não vou comentar. Eu não tenho nenhum respeito por nenhuma declaração que venha de qualquer pessoa que faça parte desse governo, nem desse cara, aquele outro cara da Secretaria de Cultura. Não vou comentar porque não respeito. A gente precisa escolher os combates.
Wagner Moura ao 'Roda Viva', da TV Cultura

Sérgio Camargo também comentou a declaração nas redes sociais afirmando que o filme "Marighella" deve ser boicotado por considerar que a obra é racista. Este posicionamento do presidente da Fundação Palmares gerou a pergunta para Moura durante a entrevista.

Questionado no "Roda Viva", Wagner Moura comentou sobre as ameaças sofridas durante a produção do filme, que conta a história do guerrilheiro Carlos Marighella, um dos principais nomes no combate à ditadura militar no Brasil.

Moura afirmou não ter medo "dessa gente" classificada por ele como "fascista" e "covarde" e ponderou que, ao seu ver, as ameaças não se restringem ao perigo físico, mas também à tentativa de censura do filme por órgãos do governo.