Sérgio Camargo diz que Wagner Moura não nega racismo em 'Marighella'

Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, respondeu às declarações de Wagner Moura no programa "Roda Viva", exibido ontem pela TV Cultura.

O artista, que é diretor do filme "Marighella", afirmou que não comenta declarações dos membros do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) ao ser questionado sobre o racismo na obra, apontado anteriormente por Camargo.

O presidente da Fundação Palmares chamou Moura de "hipócrita da Califórnia" e diz que o ator não argumenta contra o suposto racismo apontado no filme por não existirem "argumentos honestos".

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"Qualquer negro que assistir ao filme estará vestindo a carapuça de marginal. Devemos boicotar este insulto", disse Sérgio em uma sequência de publicações no Twitter.

As falas de Wagner Moura durante a entrevista ao "Roda Viva" também foram rebatidas por Mario Frias, secretário da cultura. Ele não teve o nome citado, mas o cargo foi lembrado quando Moura afirmou "não respeitar a opinião dos membros do governo Bolsonaro".

"Esse Wagner 'Choura' é patético. Diga-me com quem andas e te direi quem és! Chorão!", escreveu Frias em uma publicação feita no Twitter, onde insinua a ligação de Wagner Moura com os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, do PT.

Durante a entrevista ao "Roda Viva", Wagner Moura comento sobre as ameaças sofridas durante a produção do filme e afirmou não ter medo "dessa gente" classificada por ele como "fascista" e "covarde".