Marília lembrou sua primeira vez em um avião em uma das últimas entrevistas
A primeira vez que Marília Mendonça andou em um avião foi por causa da música. A passagem foi paga por Wander Oliveira, seu empresário e dono da WorkShow, escritório que gerenciava a carreira da cantora até hoje.
A cantora morreu hoje, aos 26 anos, após a queda do avião em que estava, na zona rural de Piedade de Caratinga (309 km a leste de Belo Horizonte, em Minas Gerais). Ela seguia para um show que faria no Estado.
A própria cantora contou sobre a lembrança de sua primeira vez em um avião em uma de suas últimas entrevistas da carreira, que aconteceu em uma coletiva de imprensa no Allianz Parque, em 5 de outubro, onde anunciou ao lado de Maiara e Maraísa a turnê Patroas, que passaria por quatro capitais em 2022.
Ao ser questionada por Splash se já havia assistido a algum show no estádio como público, antes de subir ao palco como uma artista, Marília Mendonça disse que não e relembrou seu início de carreira em Goiânia.
"Quando eu viajei de avião a primeira vez foi a música que me proporcionou isso. Wander que pagou a passagem. E, quando o trem explodiu, já tinha que fazer um monte de show, 20, 30, 40 shows por mês", lembrou sobre a carreira meteórica assim que se lançou como cantora.
Na coletiva, Marília Mendonça estava feliz comemorando o auge da carreira com o anúncio da turnê com a Live Nation, empresa que traz diversos artistas internacionais ao Brasil. Só no show do Allianz Parque, em São Paulo, eram esperadas 40 mil pessoas com o avanço da vacinação.
"É o projeto das nossas vidas", afirmou Marília sobre o projeto com Maiara e Maraísa, amigas dela desde antes do sucesso das três, há mais de dez anos.
A turnê ainda marcaria a grande volta das artistas, que ficaram quase dois anos sem pisar nos palcos. Na mesma coletiva, o empresário lembrou que Marília Mendonça foi uma das primeiras artistas dele a cancelar shows em março de 2020 preocupada com a saúde do público e da equipe.
"Para nós é um grande privilégio ter a vida hoje. Ter saúde hoje é um grande privilégio", comentou Marília, falando sobre a pandemia que acabou com mais de 600 mil vidas só no Brasil.
Ela ainda fez uma revelação sobre a sensação de impotência, o medo e a ansiedade durante o período longe dos palcos.
"Muitos momentos eu cheguei a imaginar que a gente não ia voltar, que não ia funcionar mais, que as coisas não iam dar certo. Que as pessoas não iam sentir minha falta, que não iam sentir falta dos shows."
Recuperada, feliz e ansiosa pela turnê grandiosa que viria no ano que vem, Marília resumiu seu sentimento naquele 5 de outubro, um mês antes de sua morte.
"Eu sou a mulher mais grata do mundo. Cada pequeno pedaço do que acontece na minha vida, cada pequena conquista para mim já é muito grande."
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