Cristiana Lôbo foi uma das Meninas do Jô; saiba por onde elas andam
Cristiana Lôbo, que morreu aos 64 anos, vítima de um câncer, abriu portas para jornalistas mulheres na cobertura de política e economia. Na TV aberta, os comentários da apresentadora tiveram grande alcance nos 11 anos em que participou do quadro de debates "Meninas do Jô", do extinto "Programa do Jô".
O último trabalho de Cristiana Lôbo foi na GloboNews. Foi pelo "Meninas do Jô" que Andréia Sadi conheceu a amiga e colega de trabalho. O quadro discutia assuntos de interesse do momento e foi uma das criações pelas quais Jô Soares tinha o maior orgulho.
Para mim, em todos esse 28 anos, a coisa mais gratificante foi a criação do Meninas do Jô nesse programa — Jô Soares ao se despedir do programa na Globo, em 2016, para o GShow.
A seguir, relembre as primeiras Meninas do Jô e saiba por onde elas andam:
Lillian Witte Fibe
A jornalista passou por algumas das principais emissoras do país. Entre os trabalhos mais marcantes da carreira, comandou o "Jornal Nacional" entre 1996 e 1997 — sabia que ela fez par com William Bonner na bancada antes de Fátima Bernardes? — e o "Jornal da Globo", por dois anos.
A volta à TV aconteceu no "Meninas do Jô" após alguns anos dedicando-se à internet. A jornalista ficou no quadro até o fim do "Programa do Jô", em 2016. No ano seguinte, Lillian estreou um blog no site da revista Veja e escreveu para o veículo pela última vez em agosto de 2018. Recentemente, brincou com o próprio meme de uma crise de riso ao vivo em um programa on-line.
Lillian segue afastada da televisão. Em março, afirmou no Instagram que estava "confinada e de mau humor" com a "infindável pandemia". A filha Cristina Fibe, que também é jornalista, lançou o livro "João de Deus: O Abuso da Fé".
Ana Maria Tahan
A jornalista com formação em política e economia tinha uma carreira no impresso antes de se tornar uma das Meninas do Jô. Ao lado de Cristiana Lôbo, como repórter especial, trabalhou no jornal O Estado de S. Paulo. Também fez parte do Jornal do Brasil como editora-chefe e atuou em outras emissoras, como TV Cultura, Record e Gazeta.
Ana Maria ainda trabalha com comunicação, mas mudou de área. Ela atua como consultora em media training, análise e reposicionamento de imagem, além de produção de textos e planejamento estratégico.
Lucia Hippolito
Historiadora e cientista política, Lucia precisou deixar o quadro Meninas do Jô por problemas de saúde, sendo substituída por Cristina Serra. Descobriu, em 2012, que era portadora da Síndrome de Guillain-Barré, uma doença auto-imune que afeta o sistema nervoso central. Foi pelo mesmo motivo que precisou sair também da rádio CBN.
Após a morte de Cristiana Lôbo, Lucia participou de uma live, ao lado de Ana Maria Tahan, no canal My News, do YouTube. Em uma homenagem à amiga, descreveu:
Cristiana é uma grande repórter e tinha muitas fontes, Passou a fazer uma análise perto do que todos entendiam. Foi uma desbravadora e até o fim continuou forte, presente e uma analista de primeira ordem.
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