Dakota Johnson acusa Hitchcock de arruinar carreira da avó: 'Aterrorizada'

A atriz Dakota Johnson, de 32 anos, acusa o diretor de cinema Alfred Hitchcock de "arruinar" a carreira de sua avó, a também atriz Tippi Hedren, de 91, após a veterana se recusar a ir para a cama com o cineasta.

Em entrevista ao The Hollywood Reporter, a estrela de "Cinquenta Tons de Cinza" contou que Hedren trabalhou com Hitchcock nos filmes "Os Pássaros" e "Marnie, Confissões de uma Ladra", mas depois de recusar as investidas do diretor, ela foi "aterrorizada" pelo famoso.

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Johnson falou sobre o assunto ao explicar que foi aconselhada pela avó a "não aguentar merda" dos outros, e que a veterana "sempre" a encorajou em relação aos seus sonhos na indústria cinematográfica.

"Ela sempre foi honesta e enfática em relação a me defender, ela sempre foi assim. [E] vocês sabem, o Hitchcock arruinou a carreira dela porque ela não quis ir para a cama com ele. Ele a aterrorizou e jamais respondeu por suas ações", declarou.

Dakota afirma que esse tipo de comportamento deve ser repudiado em todas as áreas, pois é "inaceitável" que alguém com uma posição de poder faça uso dessa prerrogativa para coagir aqueles que estão em "posições mais baixas".

"É difícil falar sobre esse assunto porque ela é a minha avó. Você não quer pensar em alguém tentando se aproveitar de sua avó", completou.

Tippi Hedren falou abertamente sobre os episódios de assédio sexual cometidos por Alfred Hitchcock na autobiografia "Tippi: A Memoir", publicada em 2016. No livro, a artista narrou episódios em que o diretor tentou beijá-la à força, e outro ocorrido no set de "Os Pássaros", quando ele foi uma investida para abusá-la.

Atriz fala sobre cultura do cancelamento

Ao The Hollywood Reporter, Dakota Johnson falou sobre a cultura do cancelamento ao ser questionada sobre seus ex-colegas de trabalho, Armie Hammer e Shia LaBeouf, o primeiro é acusado de estupro e canibalismo, enquanto o segundo recebeu acusações de abuso e agressão cometido contra a ex-namorada, FKA Twigs.

Para a atriz, as pessoas precisam ser responsabilizadas por seus atos, mas ressaltou que nunca foi importunada pelos atores na época em que trabalharam juntos. A famosa diz acreditar que a cultura do cancelamento tem sido mais maléfica do que benéfica, e que se sente triste por "pessoas que precisam de ajuda e talvez não tenham tido essa ajuda a tempo".

"Fico triste por qualquer um que foi ferido ou maltratado. É muito triste, mas acredito que as pessoas podem mudar. Quero acreditar no poder de um ser humano poder mudar e evoluir, obter ajuda e ajudar outras pessoas", completou.