Museu coloca em dúvida a autenticidade de 'Salvator Mundi' de R$ 2,4 bi
O quadro 'Salvator Mundi', que foi vendido por 450 milhões de dólares (R$ 2,4 bilhões, na cotação de hoje) na casa de leilões Christie's como um Leonardo da Vinci totalmente autenticado, mas a obra foi rebaixada pelos curadores do Museu Nacional do Prado em Madri, Espanha.
A pintura foi comprada em novembro de 2017 pelo ministro da cultura saudita, Príncipe Badr bin Abdullah, aparentemente para o Louvre Abu Dhabi.
O rebaixamento consta do catálogo da exposição do Prado "Leonardo e o exemplar da Mona Lisa". Embora especialistas individuais tenham questionado o status de "Salvator Mundi", a decisão do Prado representa a resposta mais crítica de um importante museu desde a venda pela Christie's.
O veredicto do Prado consta do índice do catálogo da exposição, que contém uma lista de pinturas "de Leonardo" e outra de "obras atribuídas, oficina ou autorizadas e supervisionadas por Leonardo". Esta pintura está registrada na segunda categoria, onde é chamada de versão Cook (foi comprada em 1900 por Francis Cook, de Londres).
A curadora do Prado, Ana Gonzáles Mozo, comenta em seu ensaio de catálogo que alguns especialistas consideram que havia um protótipo, agora perdido - do 'Salvator Mundi' -, enquanto outros pensam que a versão de Cook é a original. No entanto, ela sugere que "não há nenhum protótipo pintado" por Leonardo.
Mozo propõe que outra cópia de 'Salvator Mundi', a chamada versão Ganay (1505-15), é a mais próxima do original perdido de Leonardo. Adquirido por Hubert, Marquês de Ganay em 1939, foi vendido na Sotheby's em 1999 e agora está em uma coleção privada anônima.
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