Ana Maria diz que 'foto' da ômicron 'parece a África': 'Coincidência'
A apresentadora Ana Maria Braga disse hoje que a primeira imagem computadorizada da variante ômicron do coronavírus "parece o continente africano". A apresentadora se referia a imagem tridimensional feita pelo hospital Bambino Gesù de Roma.
A representação usa linhas cinzas e pontos vermelhos apenas para mostrar as mutações presentes na nova variante. O trabalho focou principalmente na região da proteína que interage com as células humanas, de acordo com a AFP.
Ontem, a professora de microbiologia clínica na Universidade de Milão e pesquisadora no hospital romano Claudia Alteri já havia dito que imagem foi feita "a partir da análise de sequenciamentos dessa nova variante fornecidas à comunidade científica" e procedentes principalmente "de Botsuana, África do Sul e Hong Kong" — ou seja, de dois países africanos e o território autônomo na Ásia.
Ainda assim, Ana Maria reforçou um comentário feito pelo diretor do programa de que a "foto" lembrava a África — mesmo já sendo registrada em cinco continentes.
A primeira imagem computadorizada, fiquei apavorada, revela mais que o dobro de mutações da variante Delta. Do lado esquerdo você vê o delta com menos mutações, os pontinhos vermelhos. No direito, ele tem mais pontinhos. A área cinza é onde o vírus não apresenta variações. Ele é motivo de alerta no mundo todo e foi registrado em cinco continentes, em um mundo globalizado ninguém está seguro até todos estarmos vacinados. Nosso diretor chamou a atenção que parece o continente africano o desenho do vírus, é muita coincidência. Ana Maria Braga
A professora Claudia Alteri disse ontem que a imagem "representa um pouco o mapa de todas as variantes, descreve mutações da ômicron, mas não define o papel" que elas têm.
A variante classificada com um risco muito elevado foi informada pela primeira vez na África do Sul e em Botswana. Até domingo (28), apenas os dois países africanos tem casos confirmados com a ômicron.
O continente africano tem 54 países ao todo.
O diretor geral da OMS (Organização Mundial da Saúde),Tedros Adhanom, afirmou que os dois países que reportaram inicialmente casos da nova variante, "devem ser parabenizados por isso, e não penalizados", no sentido de que muitos governos suspenderam as ligações aéreas com esses e outros territórios do sul da África.
O Brasil restringiu voos internacionais que tenham origem ou passagem por seis países africanos (África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue) nos 14 dias antes do embarque.
Em maio, a OMS passou a adotar letras do alfabeto grego para nomear as variantes. A medida foi para simplificar as nomenclaturas e reduzir estigmas e a xenofobia com países que reportaram o surgimento de uma mutação no vírus.
Antes, as variantes eram batizadas por uma combinação de letras e números ou pelo local onde foram detectadas pela primeira vez. Na época, a epidemiologista da OMS Maria Van Kerkhove defendeu que "nenhum país deveria ser estigmatizado por detectar e reportar variantes".
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