Topo

Âncora da CNN que tentou ajudar irmão em caso de assédio é demitido

Chris Cuomo, jornalista da CNN dos Estados Unidos e irmão do governador de Nova York, Andrew Cuomo - Gilbert Carrasquillo/GC Images
Chris Cuomo, jornalista da CNN dos Estados Unidos e irmão do governador de Nova York, Andrew Cuomo Imagem: Gilbert Carrasquillo/GC Images

De Splash, em São Paulo

04/12/2021 19h53Atualizada em 04/12/2021 19h53

A CNN informou hoje que resolveu demitir o âncora Chris Cuomo, que havia sido suspenso do canal após documentos mostrarem que ele teria ajudado o seu irmão, o ex-governador de Nova York Andrew Cuomo, a responder a denúncias de assédio sexual.

Em comunicado, a emissora informou que "Chris Cuomo foi suspenso no início desta semana, enquanto se aguarda uma avaliação adicional de novas informações que vieram à luz sobre seu envolvimento com a defesa de seu irmão. Contratamos um respeitado escritório de advocacia para conduzir a revisão e o demitimos imediatamente."

Ainda, segundo nota, a emissora afirmou que apesar da decisão, as investigações sobre o caso devem continuar.

A história veio à tona na segunda-feira (29), quando documentos divulgados pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James, mostrou que o âncora trabalhava simultaneamente na emissora e como assessor não remunerado do governador.

Mensagens de texto entre Cuomo, vários assessores e aliados do governador revelaram que ele procurou usar suas conexões com a imprensa para ajudar a preparar a equipe do irmão à medida que as acusações começaram a emergir.

O âncora chegou a afirmar que "tentou apoiar" o irmão quando o escândalo estourou. "Não sou um conselheiro. Sou um irmão. Não estava no controle de nada. Eu estava lá para ouvir e oferecer minha opinião", disse ele, segundo reportou a CNN.

A investigação contra Cuomo começou após duas ex-assessoras denunciarem o político. Para Letitia James, o ex-governador violou leis estaduais e federais. O relatório apontou que o político fez "toques indesejados e não consensuais e fez vários comentários ofensivos" e que as mulheres viveram em um "ambiente de trabalho hostil e tóxico".