Pobre, apaixonado e com 2 empregos: Homem-Aranha representa os brasileiros
O Homem-Aranha está prestes a voltar aos cinemas e, pela empolgação do público a cada trailer ou entrevista de membros do elenco, podemos dizer que a galera está bastante ansiosa.
A expectativa, é claro, gira em torno do multiverso e da possibilidade não confirmada de Tobey Maguire e Andrew Garfield reprisarem suas versões do Peter Parker. Mas não é de hoje que o Teioso prova que talvez seja o mais brasileiro dos mascarados da Marvel.
Vender o almoço e comprar a janta
As dificuldades financeiras são quase uma marca registrada de Peter. E, de certas formas, isso está ligado ao seu código moral.
Apesar do grade potencial para trabalhar em empresas como a multibilionária Oscorp, Peter dificilmente vai se comprometer por dinheiro.
Além disso, sua missão como Homem-Aranha costuma vir antes de suas necessidades enquanto Peter. Ou seja: dificilmente o pobre rapaz vai conseguir manter um emprego estável precisando sair no meio do horário para salvar o dia.
Trouxa e apaixonado
Se tem uma coisa que Peter Parker entende é de coração partido. Como todo bom apaixonado, o Amigão da Vizinhança já foi bobo por suas amadas de uma forma super humana.
Na trilogia de Sam Raimi, acompanhamos Peter caidinho por Mary Jane (Kristen Dunst) e sem coragem de contar que ele é o Homem-Aranha. Nos filmes de Marc Webb, o Aranha de Andrew Garfield tem sua Gwen Stacy (Emma Stone), que perde da forma mais trágica possível.
Já na trilogia atual, Jon Watts volta às origens, e temos a princípio aquele mesmo Peter Parker desengonçado, que não sabe dizer para a garota que gosta dela, muito menos tentar conquistá-la de forma sutil.
E como, não se identificar com um personagem desses, um dos poucos que representam a inabilidade social em um mundo (fictício) de charmosos conquistadores?
Sentindo a crise
A situação econômica de Peter —que leva o rapaz a basicamente ter dois empregos para manter a identidade secreta e conseguir pagar as contas—faz com que os brasileiros se identifiquem com ele, sobretudo em meio a uma crise econômica.
Uma pesquisa recente apontou, de fato, que o Teioso é o herói favorito entre os fãs do Brasil. E, considerando seu histórico de pobre trabalhador triste e cansado, a gente bem entende.
O Cabeça-de-Teia, aliás, volta às telonas no próximo dia 16 de dezembro.
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