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Após morte de baterista, Lagum lança álbum celebrando a vida

O álbum "Memórias (de onde eu nunca fui)" tem participações de Emicida, Mart"nália e L7nnon - Lett Sousa
O álbum "Memórias (de onde eu nunca fui)" tem participações de Emicida, Mart'nália e L7nnon Imagem: Lett Sousa

Luiza Missi

De Splash, em São Paulo

10/12/2021 04h00

"Memórias (de onde eu nunca fui)", álbum da banda Lagum lançado hoje, começa com o vocalista Pedro Calais tomando fôlego para cantar, como se estivesse lembrando o público da importância de cada respiro de vida.

Depois de quase dois anos de pandemia e da morte de Tio Wilson, baterista do grupo que sofreu uma parada cardiorrespiratória aos 34 anos em setembro do ano passado, é exatamente disso que os fãs da banda precisavam. Em entrevista a Splash, a Lagum explica como o álbum foi feito.

"A gente começa com 'Ninguém Me Ensinou', porque acho que é a música mais forte do álbum inteiro", explica Pedro.

"Pela carga emocional que ela carrega, por ter sido uma homenagem ao Tio. O álbum é uma grande homenagem ao Tio. E a mensagem da música que começa é viver intensamente, realmente aproveitar e construir as memórias que a gente quer construir e ter orgulho daqui pra frente".

Apesar da carga emocional pesada, "Memórias (de onde eu nunca fui)" mantém o alto astral pelo qual a Lagum é conhecida. O vocalista explica por que o álbum não é triste:

Não tem luto, não tem tristeza nesse álbum. Até porque a morte do Tio não deixou tristeza, deixou ensinamento só. Deixou alegria, deixou um filho, que é o José. Antes de partir, ele deixou um legado para a banda, músicas maravilhosas. Pedro Calais

O álbum conta com participações como Emicida, Mart'nália e L7nnon.

O guitarrista Jorge relembra: "Quando eu paro para pensar que em plena terça-feira eu estava com a Mart'nália trocando ideia num quarto de hotel duas estrelas ali no centro de BH, gravando clipe, são coisas muito loucas que só a música proporciona para a gente!"

A música que encerra o álbum, "Festa Jovem", repete o lema da primeira: a vida é curta e deve ser vivida intensamente.

"O álbum termina com uma celebração, clima de festa, e acho que é a única música possível para encerrar esse álbum: deu tudo certo, a gente passou por tanta coisa, vamos aproveitar ao lado das pessoas que a gente gosta e viver o momento que a gente merece", reflete Pedro Calais.