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Chico Pinheiro critica Bolsonaro e Queiroga: Oferecem estímulos a fanáticos

Chico Pinheiro criticou presidente e ministro da Saúde após ameaça de expor nomes de servidores da Anvisa - Reprodução/TV Globo
Chico Pinheiro criticou presidente e ministro da Saúde após ameaça de expor nomes de servidores da Anvisa Imagem: Reprodução/TV Globo

De SPlash, em São Paulo

21/12/2021 09h33Atualizada em 21/12/2021 09h33

O jornalista Chico Pinheiro criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Saúde Marcelo Queiroga após o chefe do Executivo e o titular da pasta defenderem divulgar os nomes dos dos técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) envolvidos na aprovação da vacina contra a covid-19 para crianças.

Chico comentou no "Bom Dia Brasil" que a postura dos dois era um "estímulo" a ataques contra os agentes da Anvisa.

Após conversar com a correspondente Candice Carvalho sobre medidas de incentivo a vacinação e testagem do presidente estadunidense Joe Biden, o âncora comparou com a postura de Bolsonaro.

Em compensação, aqui no Brasil, governo, presidente e ministro da Saúde não incentivam a vacinação de crianças e ainda oferecem estímulo a esses fanáticos e bandidos da internet que ameaçam quem cuida da Saúde Pública, os técnicos da Anvisa. Chico Pinheiro

Ontem, Queiroga reforçou a defesa de Bolsonaro em divulgar os nomes dos técnicos envolvidos. A própria Anvisa pediu no domingo (19) proteção policial para servidores e diretores.

A agência relatou que as ameaças contra os servidores se intensificaram. A Anvisa encaminhou ofício ao procurador-geral da República, Augusto Aras, e ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional), ao Ministério da Justiça, à Diretoria-Geral da Polícia Federal (PF) e à Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal.

Na quinta-feira (26), dia da aprovação da vacina, Bolsonaro disse que pediu os nomes dos técnicos da agência responsáveis pela aprovação.

Os nomes dos técnicos responsáveis pela resolução, no entanto, são de domínio público. Em entrevista ao UOL na sexta-feira (17), o gerente geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, afirmou que a decisão sobre a vacina foi tomada com base em critérios técnicos.

Hoje, a Polícia Federal concluiu o primeiro inquérito sobre ameaças contra profissionais da Anvisa. O processo foi aberto em outubro.