Leifert reforça ajuda a 'pagar salário' de Ícaro e fala em covardia
Tiago Leifert voltou a se pronunciar sobre a briga entre ele o ator Ícaro Silva, que começou na semana passada após o ator, especulado no "BBB 22", definir o reality como "entretenimento medíocre", recebendo uma resposta do ex-apresentador afirmando que ajudava a pagar o salário do artista, que participou de "Verdades Secretas 2".
Desde então, celebridades se dividiram no apoio entre os dois, com Ícaro publicando mais uma carta endereçada a Leifert. Em um vídeo publicado em seu Instagram na tarde de hoje, o jornalista rebateu alguns dos pontos levantados pelo ator e se defendeu dos ataques, reforçando que não enxergou pontos ofensivos em seu post original e que o "Big Brother" ajudou sim a pagar o ex-colega.
"Quando eu disse, e está lá bem claro, 'provavelmente ajudamos a pagar o seu salário', eu errei. Não é provavelmente, Nós ajudamos a pagar o seu salário. O seu, o do Boninho, o meu, o do Luciano Huck, o do Mion, o de todo mundo ali. Assim como o trabalho de todo mundo da Globo ajuda a pagar o meu salário. Ajudava, né, porque eu saí. Eu não consigo ver onde está a ofensa de uma constatação simples dessa. Não consigo", afirmou Leifert na publicação.
"Eu gostaria só de lamentar, que o que eu disse foi usado pra ferir pessoas que não tem nada a ver com o assunto, e uma causa que não tem nada a ver com o assunto, eu fiquei muito triste que o que eu fiz, defender meus colegas e meu trabalho, foi usado pra machucar outras pessoas, porque nunca foi essa a minha intenção, se você se feriu com o que eu falei, eu lamento pra caramba, porque não foi essa a minha intenção, mas esse não é um pedido de desculpas, tá? Eu só lamento mesmo, fico triste".
Leifert diz que ficou "transtornado" com carta de Ícaro
O ex-apresentador ainda criticou trechos da carta de Ícaro, afirmando que a última parte da postagem do ator, em que ele deseja "luz e proteção" na vida de Leifert em meio a suas "questões pessoais", o deixou "transtornado".
"Nesse delírio que aconteceu nos últimos dias, no último paragrafo de uma carta que foi escrita pra mim, citam, tripudiam na verdade, ironizam, um problema pelo qual eu estou passando, que nem eu estou preparado pra falar, e aquilo me tirou de giro de um jeito que eu achei que não fosse possível, sabia? Depois de tantos anos trabalhando na comunicação e na mídia, eu achei que não iam conseguir, mas realmente eu parei de enxergar tudo e fiquei muito transtornado com aquela última parte, então eu vou ignorar, por agora, aquele final", afirmou.
Leifert também condenou as menções a seu pai e os ataques que recebeu de desconhecidos após a carta do ator, afirmando que se revoltou com o "fogo amigo", já que ambos eram colegas de TV Globo.
"Quando eu acordo e vejo fogo amigo, porque não é uma pessoa de outra emissora, não é um filósofo que eu não tenho nada a ver, é um colega, que está ali no estúdio do lado, e poderia sim estar no Camarote, porque é uma pessoa legal, uma pessoa interessante...ele desdenhando do nosso programa dessa forma, do meu trabalho, chamando de bosta e de medíocre, é óbvio que eu reagi e reagiria de novo", concluiu.
Apresentador destacou trabalho na pandemia
Em sua explicação de cerca de oito minutos, Leifert também relembrou as condições difíceis de trabalho enfrentadas pela equipe do "BBB" em meio à pandemia de covid-19 em 2020 e 2021, em dois momentos críticos da doença, seu início e seu auge.
"Em 2020, quando a pandemia começou, na Globo só duas equipes estavam trabalhando, criando conteúdo, o jornalismo, a que eu sou grato, e a equipe do BBB, a gente estava morrendo de medo. No começo a gente trabalhou sem máscara, lembra? A OMS não deixava usar máscara, falava que não precisava, então a gente trabalhou sem mascara. e o Big Brother foi muito importante naquele ano, muito importante, assim como em 2021", argumentou.
"Particularmente, pessoalmente, agora falando em uma nota minha mesmo, que talvez até explique a minha reação, a minha esposa estava grávida em 2020 e eu continuei trabalhando. E quando o Big Brother ia acabar a gente esticou mais cinco dias. Eu estava com medo, minha mulher estava grávida, tinha gente morrendo. Durante esse tempo todo, a equipe do Big Brother, as pessoas lá perderam parentes, perderam amigos. Teve gente que teve que sair por dois, três dias, enlutados, para enterrar um parente e voltar pra trabalhar. E aí quando eu acordo e vejo fogo amigo, um colega, falando que nosso trabalho, ainda mais nesse contexto, é uma bosta, e é medíocre, é óbvio que eu fiquei pistola, é óbvio que eu fiquei chateado e óbvio que eu reagi", defendeu o ex-apresentador.
Tiago ainda agradeceu às mensagens de amigos e fãs e reforçou que não se arrepende da postagem para Ícaro, apesar de lamentar que algumas pessoas tenham interpretado suas frases de um jeito que, de acordo com o jornalista, foi equivocado.
"Eu dizer pra ele: você não precisa gostar e ninguém precisa gostar do Big Brother, mas lembre-se que fazemos parte da mesma coisa, todos. O meu trabalho, o seu, a gente ajuda a pagar o seu salário, você ajuda a pagar o nosso, isso é simples para mim. Pegar isso e transformar em outra coisa, é de uma maldade impressionante, cara, impressionante".
Medo de postar vídeo
Eu tava morrendo de medo de postar esse vídeo, tamanha é a delicadeza da situação e o que fizeram comigo, a covardia, essa é a palavra, falaram para não falar essa palavra, a covardia que fizeram comigo nos últimos dias. Eu falo com tranquilidade.
Ícaro chamou 'BBB' de 'entrenimento medíocre', mas disse respeitar participantes
Cotado como um possível participante do Camarote do "BBB 22", que leva famosos para o confinamento do reality, Ícaro Silva foi às redes sociais para negar participação no reality sem popupar críticas ao formato, que definiu como "entretenimento medíocre".
Mas, depois de ter sido criticado por Tiago Leifert, o ator voltou a se pronunciar dizendo que respeita "profundamente a trajetória de quem esteve em reality shows", mas que esperava o mesmo posicionamento duro de Leifert em outras polêmicas que também já marcaram o programa.
"Oi, Tiago! Li sua cartinha e fiquei positivamente tocado pela contemplação do teu tempo. Imagino que para ter escrito um textão desse (o que não ocorreu nos casos de racismo, intolerância religiosa, misoginia, homofobia e abuso sexual no programa que você apresentava) é porque de fato te atravessei, o que sinceramente me envaidece como artista".
Ícaro ainda deu a entender que o jornalista havia conquistado espaço na emissora carioca por causa de seu pai, Gilberto Leifert, que também trabalhou por anos na Globo.
"Sua réplica é baseada no fetiche monetário dos meninos comuns. Eu conheci muitos garotos da minha vida que pautavam suas opiniões na lógica sistemática do dinheiro. Garotos sem nada especial. Nem talento, nem beleza, nem nada, mas que tinham a aparência e a submissão adequadas, além de um parente no lugar certo, sabe? Acho que você sabe", disse.
Gilberto Leifert veio a público defender filho
Pai de Tiago, Gilberto Leifert postou um texto nos comentários de uma publicação do filho para defendê-lo dos comentários de Ícaro Silva, que insinuou em sua tréplica ao ex-apresentador que ele teve privilégios na Globo por ser filho de um diretor da área comercial.
O publicitário, que ocupou cargo de chefia na emissora por 30 anos, disparou: "O esporte preferido dos brasileiros não é o futebol. É o falar mal dos outros".
Ele começa o texto dizendo que Tiago "talvez não goste de ver seu pai tratando deste tema em público, mas estava na hora". Em seguida, diz que nunca interferiu no trabalho do filho — mas reconhece que os chefes dele eram seus colegas.
Jamais me meti nos assuntos que diziam respeito ao seu trabalho. Essa era a nossa regra do jogo (minha e sua) e meus pares a presumiam. Gilberto Leifert
"Colocar o filho na telinha e expô-lo ao escrutínio diário da diretoria, do público, do mercado publicitário e da crítica não é o jeito mais suave e menos chamativo de nepotismo", argumenta.
O publicitário afirma que "já enxergava o potencial" do filho quando o apresentou à TV Gazeta aos 16 anos, quando Tiago teve sua primeira experiência como repórter (sem remuneração, ressalta). Gilberto relembra a passagem do filho na faculdade nos Estados Unidos e finaliza: "Não se preocupe com quem nega nossos méritos e desmerece nossas conquistas".
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