Adele Fátima relembra carreira e explica saída da TV: 'Escolhi o casamento'
Aos 67 anos, Adele Fátima conserva muito da aparência que a consagrou como símbolo sexual brasileiro nos anos 1970/1980. Mas, muito além de musa do Carnaval carioca, ela tem uma trajetória que transita entre o cinema, a televisão e a música.
Em entrevista a Splash, Adele, que ficou nacionalmente conhecida em 1978 após estrelar um comercial das Sardinhas 88, relembra momentos marcantes da carreira, como quando fez parte do filme "007 Contra o Foguete da Morte", rodado no Brasil, ao lado do ator Roger Moore. A participação como Bond Girl, no entanto, não chegou a ir ao ar — e o motivo, segundo ela, foi um boato.
"Fizeram duas festas para mim no Rio, me apresentaram a 50 fotógrafos do mundo inteiro, fiz tudo o que deveria fazer como Bond Girl. Mas depois as cenas foram cortadas porque a imprensa do Brasil inventou que nós éramos amantes, e que após as filmagens nós iríamos embora juntos".
Apesar da decepção no longa, Adele participou de outros filmes, como Natal na Portela (1988), que contou com Milton Gonçalves e Grande Otelo no elenco e foi exibido em Cannes.
Na televisão, fez parte da linha de shows da TV Globo por 10 anos, participou do "Sítio do Picapau Amarelo", das novelas "Gabriela" (1975) e "Ti Ti Ti" (1986), e das minisséries "Agosto (1993) e Memorial de Maria Moura (1994). Depois de um tempo, Adele se afastou das telinhas, mas não por vontade própria, e sim por falta de convites.
Na época que eu fazia televisão não era possível casamento e TV, eles não gostavam dessa história, então tive de escolher. Eu escolhi o casamento, porque queria ter a minha família. Adele Fátima
"Família é a base de tudo, me joguei de cabeça na minha família, então, os trabalhos começaram a diminuir", afirma ela, que é casada há 42 anos com o engenheiro aposentado Marcelo Carneiro.
A teoria da artista que justificaria a escassez de trabalhos foi criada com base nas conversas que ela diz que tinha com os responsáveis pelas produções.
"Eu sempre perguntava se tinha algum personagem, e eles perguntavam como estava o meu casamento. Quando eu respondia estar bem, diziam que quando tivesse um papel me chamariam", afirma. "E eu fui percebendo, né... eles gostam das pessoas mais livres".
Planos para o futuro
O longo período longe dos holofotes, que incluiu até uma fase como empresária de jogadores de futebol, não fez com que ela desistisse da vida artística. Hoje, Adele tem grandes planos para o futuro, por trás das câmeras, se a pandemia de covid-19 chegar ao fim.
"Eu já terminei o roteiro do meu filme. Estamos aguardando para ver patrocínio, que é muito difícil no Brasil. Tenho livros que também estão prontos. Mas eu não estou preocupada com isso, é um momento de se pensar na saúde. Eu espero que 2022 seja cheio de boas notícias, porque de má notícia a gente não precisa mais", conclui.
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