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Apresentadora da GloboNews chora ao vivo por pai que perdeu filha por covid

A apresentadora Aline Midlej chorou durante o "Jornal das Dez", na GloboNews - Reprodução/GloboNews
A apresentadora Aline Midlej chorou durante o "Jornal das Dez", na GloboNews Imagem: Reprodução/GloboNews

De Splash, em São Paulo

06/01/2022 22h54Atualizada em 07/01/2022 10h01

Aline Midlej, apresentadora do "Jornal das Dez" na GloboNews, chorou ao vivo durante uma entrevista com o médico Rodolfo Aparecido da Silva, pai que perdeu a filha Alicia, de 7 anos, em decorrência da covid-19 durante o mês de janeiro de 2021 na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo.

"Eu sinto muito pelo seu relato. A minha sobrinha tem a idade da sua filha. Desculpa", disse a apresentadora emocionada. Midlej parou por alguns segundos antes de retomar a entrevista.

Rodolfo tem outros dois filhos: uma menina de 3 anos e um menino de 11. "Como é sentir a vacina mais próxima? Você conversa sobre isso com os seus filhos?", questionou a apresentadora na sequência.

Rodolfo comemorou a campanha de vacinação para crianças. "Foi uma felicidade imensa. Meu filho chorou de alegria mesmo com a ausência da irmã. Nós acreditamos que tudo tem um motivo. Precisamos pensar assim para continuar com a nossa vida", respondeu.

O Ministério da Saúde incluiu ontem crianças entre 5 e 11 anos no plano nacional de vacinação contra a covid-19, mas sem a exigência de prescrição médica, como havia antecipado o ministro Marcelo Queiroga em dezembro.

O anúncio, feito durante entrevista coletiva, acontece em meio à pressão de especialistas, secretários de Saúde e governadores, que vinham cobrando agilidade do governo federal.

A emoção de Aline também foi comentada pelo público que acompanha o "Jornal das Dez". "Eu chorei junto, é uma mistura de sentimentos", afirmou uma das pessoas no Twitter.

Mortes de crianças por covid-19

Em entrevista a uma rádio de Pernambuco exibida nas redes sociais do presidente, Bolsonaro afirmou que não conhece crianças que morreram de covid.

A fala é mentirosa, já que dados das secretarias estaduais de Saúde mostraram que 301 crianças entre 5 e 11 anos morreram da doença no país até o início de dezembro. O presidente ainda disse, sem provas, que há interesses por trás na aprovação das vacinas pediátricas.

Bolsonaro considerou lamentável a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de autorizar a vacina e repetiu que sua filha Laura, de 11 anos, não será vacinada.

As declarações do presidente também foram criticadas em um editorial feito hoje durante a exibição do Jornal Nacional.