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Entrevistado do 'Encontro' reclama de preço da gasolina: 'Fora Bolsonaro'

João Pedro falava sobre aumento do preço dos combustíveis com repórter Rita Batista - Reprodução/TV Globo
João Pedro falava sobre aumento do preço dos combustíveis com repórter Rita Batista Imagem: Reprodução/TV Globo

De Splash, em São Paulo

13/01/2022 11h19Atualizada em 13/01/2022 11h19

O "Encontro" registrou a indignação de João Pedro logo pela manhã: o entrevistado falava sobre o aumento do preço da gasolina e do diesel.

O rapaz aproveitou para fazer uma saudação pedindo a saída do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao vivo no programa apresentado por Manoel Soares e Patrícia Poeta.

Ao ser perguntado pela repórter Rita Batista sobre como era a rotina dele com o carro ano passado, João disse:

Bom dia, primeiramente, fora Bolsonaro. Tive carro e deu para sentir, semana a semana, o preço da gasolina subindo. Nos caminhos que eu fazia, ficava de olho nos preços e ia mapeando. Se começava a subir, mesmo que estivesse com o tanque meio cheio, abastecia para garantir o preço barato. João Pedro no Encontro

Do estúdio, Manoel Soares riu da saudação inesperada e ao vivo.

Desde ontem, começou a valer o aumento dos preços da gasolina e do diesel, anunciados pela Petrobras na terça (11). Os aumentos acontecem nas refinarias e não são necessariamente repassados ao consumidor, ou repassados na totalidade — distribuidoras e postos são livres para definirem preços.

O valor médio da gasolina vendida para as distribuidoras passa de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro, um reajuste de 4,85%. Já para o diesel, de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro, alta de 8,08%.

Na terça (11), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os números da inflação de 2021, que fechou o ano em 10,06%, a maior desde 2015 e muito acima da meta do Banco Central. O grupo que mais contribuiu foi o de "Transportes", que inclui combustíveis, com aumento de 49,02%. A gasolina acumulou alta de 47,49%, e o etanol, de 62,23%.

O presidente Jair Bolsonaro negou ter responsabilidade sobre o preço dos combustíveis e disse que, se pudesse, ficaria livre da Petrobras.

"Alguém acha que eu sou o malvadão, que foi aumentado o preço da gasolina ontem porque sou o malvadão? Primeiro que não tenho controle sobre isso. Se pudesse, ficaria livre da Petrobras", disse ele em entrevista ao site Gazeta Brasil.

Bolsonaro enfrenta alta rejeição em uma provável disputa eleitoral, segundo pesquisa da Genial Investimentos e Quaest Consultoria divulgada ontem. O chefe do Executivo federal tinha 66% de rejeição.

A pesquisa ainda apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (provável candidato pelo PT) liderando a corrida presidencial: no primeiro turno, Lula aparece com 45% das intenções de voto, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro, com 23%,