De Homem-Aranha a Euphoria: Zendaya é o nome do momento em Hollywood
Tom Holland pode até ser o protagonista de "Homem-Aranha" e quem se balança em teias entre prédios nos filmes da Marvel, mas quem carrega o status de estrela, neste e em outros de seus (muitos) projetos, não é ele, e sim Zendaya.
A intérprete de MJ está de volta às telas da HBO na segunda temporada de "Euphoria" como Rue Bennett, uma adolescente do Ensino Médio que lida com o vício em drogas dentro de uma família emocionalmente instável. Para a atriz de 25 anos, a personagem foi a chance de se distanciar do tipo de produção que marcou a sua carreira desde a adolescência: projetos voltados para o público infanto-juvenil e do Disney Channel — vide a série "K.C. Undercover".
Rue Bennett deu a Zendaya seu primeiro Emmy Award de melhor atriz em série dramática e escancarou portas para que a atriz, modelo e cantora pudesse expandir seus trabalhos e o leque profissional.
Desde então, por exemplo, ela foi escalada não apenas em "Malcolm & Marie", filme de Sam Levinson (o criador de "Euphoria"), como em "Duna", de Dennis Villeneuve, e está cotada para "Megalopolis", novo filme de Francis Ford Coppola.
Isso falando apenas em projetos no universo da ficção, já que a artista também se tornou representante de campanhas comerciais de grifes de roupas e perfumes —um segmento que a faz navegar tranquilamente também no mundo da moda e da alta-costura.
Mas por que, de repente, Zendaya se tornou um ícone tão grande?
Sua notoriedade começou um pouco antes da série da HBO. Em 2015, durante o Oscar, ela apareceu no tapete vermelho e foi alvo de um comentário do programa "Fashion Police", do canal E!, que rapidamente repercutiu na internet de forma negativa. Na ocasião, a apresentadora Giuliana Rancic disse que ela parecia "cheirar a óleo de patchouli". Fora das câmeras, uma voz acrescentou: "Ou maconha".
Rapidamente, a internet se prontificou a defendê-la, e em pouco tempo todas as pessoas (ou quase) tinham alguma opinião sobre Zendaya.
"Já há críticas ao cabelo afro na sociedade sem a ajuda de pessoas que julgam os outros com base na curvatura do cabelo", escreveu a atriz em uma publicação do Instagram na época. "Eu queria usar o meu cabelo em dreadlocks para destacá-lo de forma positiva, e lembrar às pessoas que o cabelo delas é bom o suficiente. Eles são um símbolo de beleza e força."
Desde então, seu nome só foi crescendo, e o destaque no mundo da moda mais ainda. Com o sucesso de público e crítica da série da HBO, a atriz sedimentou ainda mais este caminho. Por isso, hoje ela é vista como um dos grandes ícones da geração Z.
Isso porque, desde o incidente com o Fashion Police, Zendaya começou a se certificar de que teria algum controle criativo sobre seus projetos. Em "K.C. Undercover", ela insistiu em ser creditada como produtora executiva. Assim, ela garantiu que toda a família de sua personagem fosse negra — isso tudo aos 16 anos.
Muitas pessoas não entendem o próprio poder. Tenho tantos amigos que dizem sim para tudo ou sentem que não são capazes de se proteger diante de certas situações. Não: você tem o poder. Zendaya, em entrevista para a revista Vogue, em 2017.
Em "Euphoria", Zendaya também é creditada como produtora executiva, e tê-la atrelada à série garante a captação de recursos e incentivos públicos.
"Existe uma vivacidade que irradia dela, e também sensibilidade e vulnerabilidade, que muitas vezes ela tenta esconder", declarou Sam Levinson ao The Hollywood Reporter. "Para essa personagem, que toma decisões ruins na vida e é facilmente julgada e criticada pelo que faz, a audiência estaria do lado dela não importa o que aconteça."
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