Topo

Mônica Martelli sobre mulheres envelhecerem: 'No Brasil não há permissão'

Mônica Martelli - Reprodução/Instagram
Mônica Martelli Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para Splash, no Rio de Janeiro

31/01/2022 11h15

Mônica Martelli, de 53 anos, desabafou sobre no Brasil não existir espaço para as mulheres envelhecerem. A apresentadora afirmou que elas estão sempre brigando contra o tempo.

Em entrevista para a revista "Marie Claire", a apresentadora afirmou que seu reconhecimento profissional veio só a partir dos 37 anos e relacionamento sólido veio também com mais idade.

"Estava falando outro dia para a minha terapeuta sobre essa sensação de vivenciar muitas coisas, sempre me achando mais velha do que deveria ser para aquela situação", começou ela.

"Eu fui mãe aos 41. Me apaixonei novamente aos 50 [pelo empresário Fernando Altério]. Estou sendo capa da 'Marie Claire' pela primeira vez aos 53. No Brasil, a mulher não tem permissão para envelhecer. A gente está sempre brigando com o tempo", continuou.

Por ir contra essa visão da sociedade brasileira, Mônica acredita que outras mulheres têm ido no mesmo caminho. "Acho que a gente está entendendo que pode fazer o que quiser com qualquer idade", afirmou.

Durante a entrevista, ela lembrou sobre a perda do melhor amigo, Paulo Gustavo, que morreu em maio do ano passado vítima de covid-19. "Nunca mais consegui gargalhar da forma que gargalhava com ele. Era a pessoa mais engraçada que conheci na minha vida inteira", confessou a apresentadora.

Mônica também contou que tem trabalhado na continuação da história de "Minha Vida em Marte", em que conta as desventuras amorosas de Fernanda. Por um tempo, ela até pensou em desistir do projeto pois a história tinha no elenco Paulo Gustavo interpretando Aníbal, melhor amigo da protagonista.

"Eu sempre escrevi o que vivi. Então, vou escrever exatamente sobre o que estou passando: o luto. Vai ser a história da Fernanda perdendo o Aníbal", confessou.

Porém, ela garantiu que o filme ainda será de comédia e, com o tempo, conseguirá se distanciar da dor e colocar humor na narrativa.