Prioli quer entrevista dada ao Flow retirada do ar após apologia ao nazismo
Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, fez apologia ao nazismo no Flow Podcast e foi demitido da atração após receber críticas nas redes sociais.
O programa também perdeu patrocinadores por conta das falas do apresentador. A advogada e apresentadora Gabriela Prioli também se posicionou contra as declarações feitas durante uma edição do programa.
Ela pediu para que a entrevista dada ao podcast, publicada em maio de 2021, seja retirada do ar. Prioli participou da atração acompanhada do marido, o DJ e modelo Thiago Mansur.
"Eu e o Thiago Mansur comunicamos que a nossa assessoria já entrou em contato com o Flow Podcast solicitando que o vídeo da nossa entrevista seja retirado do ar", informou em publicação feita no Twitter.
Thiago compartilhou a mensagem e pediu respeito à comunidade judaica. O jornalista Benjamin Back, que é judeu, também publicou uma nota de repúdio nas redes sociais e pediu para que o episódio em que ele participa também seja retirado do ar.
Monark defendeu a existência de um partido nazista no Brasil que fosse reconhecido por lei. Antes de ter a demissão confirmada, o apresentador se desculpou assumindo que "foi burro" em suas afirmações e pedindo compreensão por estar "bêbado".
Não é a primeira vez que declarações de Monark repercutem de maneira negativa nas redes sociais. O apresentador já fez comparações entre a homofobia e "gostar de refrigerante", além de questionar se ter uma opinião racista é crime.
Repercussão
Além da reação do público e dos patrocinadores, entidades judaicas se manifestaram sobre o comentário do youtuber. No podcast, Monark defendeu o direito de alguém querer ser anti-judeu, bem como o direito à existência de um partido nazista no Brasil.
"Nós, da Federação Israelita do Estado de São Paulo, repudiamos de forma veemente esse discurso e reiteramos nosso compromisso em combater ideias que coloquem em risco qualquer minoria. Manifestações como essa evidenciam o grau de descomprometimento do youtuber com a democracia e os direitos humanos", informou a entidade em nota.
A Conib (Confederação Israelita do Brasil) também condenou declaração de apresentador sobre nazismo:
"O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera 'inferiores'. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio no coração da Europa que matou seis milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias. O discurso de ódio e a defesa do discurso de ódio trazem consequências terríveis para a humanidade, e o nazismo é sua maior evidência histórica", afirmou a confederação.
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