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'Samba do crioulo doido': por que termo usado por Bárbara é racista?

BBB 22: Ao falar de Douglas, Bárbara quase usou termo racista - Reprodução/Globoplay
BBB 22: Ao falar de Douglas, Bárbara quase usou termo racista Imagem: Reprodução/Globoplay

De Splash, em São Paulo

08/02/2022 10h09

Apesar de ter se retratado antes mesmo de completar o termo, Bárbara quase utilizou uma expressão racista ao falar de Douglas Silva ontem. Enquanto conversava com Jade e Laís, ela relembrou a atitude do brother durante o último jogo da discórdia e disse:

Ele fez aquele samba do crioulo doi... Ai que feio, eu ia falar uma expressão muito velha e horrorosa. Ele fez o samba lá que ele falou que fez. Meu Deus, quase falei uma expressão muito racista.

Embora remeta à música "Samba do crioulo doido", composta por Sergio Porto como uma sátira ao período da ditadura no Brasil, o termo é considerado racista por se referir a situações confusas e bagunçadas.

Ainda comum no vocabulário de muitas pessoas, a expressão reafirma um estereótipo, a inferiorização e a discriminação aos negros — em um país historicamente repressivo contra a população negra. Troque o termo por "bagunça", por exemplo.

Além de "samba do crioulo doido", há várias outras expressões populares que também possuem cunho racista. Conheça algumas e saiba formas de substitui-las:

Mercado negro

O termo é usado como referência a venda de produtos e bens de origem suspeita. A associação com a cor negra é uma referência de depreciação, para tornar negativo. Troque "mercado negro" por "mercado ilegal".

Lista negra

"Eu não gosto de tal pessoa, ela está na minha lista negra". Bem, novamente a cor negra sendo utilizada para reforçar algo com sentido negativo. Aqui estamos falando de gente que você não quer por perto e estão marcadas na sua memória. Troque "lista negra" por "lista de desafetos".

Nasceu com o pé na cozinha

Referência a pessoa negra de pele clara. A origem do termo remete ao século 19, quando escravas, que passavam boa parte do tempo na cozinha, eram estupradas por senhores escravocratas e seus filhos nasciam com a pele mais clara. Troque "pé na cozinha" por "pardo" ou "parda".

Fazer algo nas coxas

Também de origem escravocrata, fazer nas coxas está ligado ao modo que os escravos produziam as telhas, moldando nas próprias coxas - e, por isso, o material ficava com falhas. Hoje, o termo é associado a fazer algo de forma desleixada. Troque "fazer nas coxas" por "algo mal feito".