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Blogueira é presa suspeita de praticar 'golpe do motoboy' no RJ

Rayane Figliuzzi, de 24 anos, foi presa pela PMERJ - Rayane Figliuzzi/Instagram
Rayane Figliuzzi, de 24 anos, foi presa pela PMERJ Imagem: Rayane Figliuzzi/Instagram

Tatiana Campbell

Colaboração para Splash, no Rio de Janeiro

14/02/2022 17h38Atualizada em 14/02/2022 20h55

A Polícia Militar do Rio de Janeiro prendeu a blogueira carioca Rayane da Silva Figliuzzi, 24, suspeita de participar da quadrilha "Família Errejota", especializada no chamado 'golpe do motoboy'. Ela estava em um restaurante, na Rua Mônica Quintella, no município de Areal, Região Serrana do Rio, ontem à tarde. Rayane era considerada foragida desde novembro do ano passado.

Com quase 90 mil seguidores em uma das redes sociais, a blogueira, segundo as investigações da Polícia Civil de Santa Catarina, atuaria em conjunto com o noivo, Alexandre Navarro, e outras 14 pessoas. O grupo teve início no Sul do país e se expandiu para o Rio de Janeiro com a ajuda de blogueiras, que atuavam numa espécie de esquema de telemarketing, algumas já presas em julho de 2021, em um apartamento no Recreio, na Zona Oeste.

De acordo com as investigações, mulheres do grupo ligavam para as vítimas, em geral pessoas idosas, e, então, se passavam por funcionárias de um banco. Na ligação, comunicavam a respeito de uma falsa compra suspeita e pediam para a vítima digitar a senha do cartão no telefone. Um sistema usado pela quadrilha fazia com quem elas então tivessem acesso aos números digitados.

Em seguida, a vítima era informada que um motoboy iria recolher o cartão na casa da vítima para que ele fosse descartado. Tendo acesso ao cartão e à senha, a quadrilha realizava saques, empréstimos, compras e transferências.

Rayane Figliuzzi foi presa após ser monitorada durante quatro horas. Ela foi levada para a 108ª DP (Três Rios). "Ela emprestava sua maquininha de cartão e fazia de suas contas bancárias vias do dinheiro ilegal, que depois seria transferido para o noivo criminoso", destacou, no inquérito, a Polícia Civil de Santa Catarina.

Splash fez contato com a defesa de Rayane Figliuzzi por telefone e mensagem de texto, mas até o momento não obteve resposta.