Antes de morrer, Arnaldo Jabor chegou a recuperar consciência após AVC
Arnaldo Jabor morreu hoje, aos 81 anos. O cineasta, escritor, jornalista e analista político estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o dia 16 de dezembro, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico.
Na admissão à internação, Jabor realizou um procedimento para desobstrução de coágulo e foi sedado. Ele permaneceu no hospital, apresentou melhora e recuperou a consciência alguns dias depois.
"O sr. Arnaldo Jabor continua internado na UTI do Hospital Sírio-Libanês. Encontra-se consciente, em fase de recuperação do Acidente Vascular Isquêmico e melhora progressiva do quadro neurológico", dizia o boletim médico de 29 de dezembro.
Desde então, não foram mais divulgados boletins médicos. Em contato com Splash, a assessoria do Sírio-Libânes explicou não ter autorização para abrir informações sobre paciente, salvo a pedido da família ou assessoria de imprensa do internado.
Carreira
Nascido em 1940 no Rio de Janeiro, filho de um oficial da Aeronáutica e uma dona de casa, Arnaldo Jabor desempenhou diversas funções no mundo da sétima arte antes de passar a dirigir curtas e longas metragens: ele foi técnico de som, crítico de teatro e roteirista. Então, em 1964, se formou no curso de cinema do Itamaraty-Unesco.
Seu primeiro longa-metragem foi o documentário "Opinião Pública" (1967), uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro observava sua própria realidade.
Um dos expoentes do movimento do Cinema Novo, focado em analisar a realidade do Brasil, Jabor também foi responsável por sucessos de bilheteria como "Toda Nudez Será Castigada" (1973), premiado com o Urso de Ouro no Festival de Berlim, e "O Casamento" (1975), ambos baseados em obras de Nelson Rodrigues.
Em 1980, com "Eu Te Amo", consagrou Paulo César Pereio e Sônia Braga no cinema, concentrando-se nas crises amorosas e existenciais de um homem e uma mulher.
Ao todo, ele dirigiu sete longas, dois curtas e dois documentários. Entre eles, também está "Eu sei que vou te amar" (1986), indicado à Palma de Ouro de melhor filme do Festival de Cannes, e com os jovens Fernanda Torres — que ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival na ocasião — e Thales Pan Chacon na pele de um casal em crise.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.