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Famosos x YouTube: Cantores e jornalista já foram 'barrados' na plataforma

Luísa Sonza já criticou o YouTube após clipe ser removido da plataforma - Marcos Ribas e Thiago Duran/BrazilNews
Luísa Sonza já criticou o YouTube após clipe ser removido da plataforma Imagem: Marcos Ribas e Thiago Duran/BrazilNews

De Splash, em São Paulo

21/02/2022 04h00

Monark, apresentador demitido do "Flow Podcast" após fazer apologia ao nazismo, afirmou hoje que não pode mais monetizar o seu conteúdo no YouTube após ser vetado do programa de parcerias da plataforma.

Em vídeo publicado no Twitter, ele disse estar "sofrendo perseguição política do YouTube Brasil" e apontou que ser alvo de "pessoas poderosas", o que impede a sequência de seu trabalho.

Splash entrou em contato com o YouTube Brasil, que confirmou a decisão e explicou que Monark ainda pode produzir conteúdo em seu próprio canal, além de criar outros canais, mas não poderá monetizá-los.

A monetização é apenas um dos aspectos que causaram atritos entre famosos e a plataforma. Artistas e jornalistas tiveram conteúdos excluídos ou censurados pela plataforma por diferentes motivos.

Luísa Sonza

Luísa Sonza foi ao Twitter desabafar em agosto de 2021 após perceber que o clipe da música "Mulher do Ano" foi removido do YouTube. Além de criticar a plataforma, a cantora também citou os conteúdos produzidos por Jair Bolsonaro (PL).

O vídeo mostra cenas de beijos de língua trocados por Sonza e o também cantor Vitão, ex-namorado da artista. Ela afirmou se sentir "perseguida" pela plataforma.

Sonza cumpriu a promessa de publicar o clipe, mas depois se arrependeu. Ela tirou do ar no site de conteúdo adulto, pediu desculpas e o vídeo voltou para o YouTube.

Segundo a plataforma, um vídeo pode ser derrubado na plataforma se for contra as diretrizes da comunidade e apresentar conteúdos com discurso de ódio, assédio, violência extrema, ameaças à segurança infantil e conteúdo sexual.

Alexandre Garcia

Segundo um levantamento divulgado pelo jornal O Globo em junho de 2021, Alexandre Garcia teve 126 vídeos retirados do YouTube por ele próprio ou pela plataforma. O jornalista liderou a lista feita pelo Google com os vídeos que mais lucraram com notícias falsas durante a pandemia.

A publicação aponta que o jornalista ganhou quase R$ 70 mil por audiência e publicidade com o conteúdo divulgado em seu canal no YouTube.

Os dados sigilosos foram enviados pelo Google à CPI da Covid, e mostraram que canais ganharam dinheiro disseminando notícias falsas na plataforma.

Alok

O clipe de "Um ratito", música de Alok com Juliette e Luis Fonsi, foi retirado do YouTube em janeiro deste ano após os produtores Sean e Kevin Brauer alegarem terem "trabalhado de graça" para o DJ.

Em entrevista à "Billboard", eles afirmaram trabalhar em pelo menos 14 faixas para o DJ, pelas quais não receberam nenhum crédito.

Alok respondeu à reportagem da revista norte-americana. O DJ destacou que as acusações ocorreram após ameaças de um empresário, que não gostou do rompimento do contrato que o brasileiro mantinha com uma gravadora.

A música voltou ao YouTube após uma decisão judicial. O jornal Zero Hora divulgou que a decisão, estendida ao Spotify, Deezer e Apple, foi proferida pela juíza Simone Monteiro, da Comarca de Goiânia.

Pocah

A cantora Pocah afirmou que o clipe da música "Muito Prazer" foi censurado na plataforma. A ex-participante do "BBB 21" questionou os motivos da plataforma e desabafou, em lágrimas, sobre o prejuízo nas visualizações do novo trabalho.

"Para quem não sabe, quando o clipe é censurado, ele alcança um número bem menor de pessoas, ele não é entregue a tantas pessoas. E, assim, a música perde a mensagem principal que é a liberdade da mulher. É até uma ironia, não?", desabafou.

Em julho de 2021, mês que o single foi lançado, Pocah explicou que o clipe foi classificado como "conteúdo adulto". Desta forma, o vídeo foi proibido para menores de 18 anos que acessam o YouTube.

J Balvin

O clipe da música "Perra", lançada por J Balvin, foi removido do YouTube em outubro de 2021. O vídeo causou reações negativas do público por conta da forma como o cantor se referiu às mulheres negras.

Duas semanas após o conteúdo deixar a plataforma, o artista colombiano admitiu ter excluído o clipe divulgado no YouTube por iniciativa própria e se desculpou pela produção.

"Quero pedir desculpas a quem se sentiu ofendido, especialmente à comunidade negra. Isso não é quem eu sou", disse ele em publicação da Pitchfork Media.

Uma versão com apenas o áudio da música ainda permaneceu disponível na plataforma após a exclusão do conteúdo original. A letra da canção fala sobre cães no cio. "Perra" significa "cadela" ou "cachorra" em português.