Rafa Kalimann explica conflito Rússia e Ucrânia, mas é criticada: 'Apaga'
A influenciadora digital Rafa Kalimann se propôs a explicar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, após o país presidido por Vladimir Putin ter dado início ao conflito armado com a nação do leste europeu.
Por meio de seu perfil no Twitter, Kalimann disse que tentaria "resumir" para seus seguidores o que está acontecendo, mas advertiu que se "tiver algum ponto de equívoco" é para avisá-la. Ainda, a famosa orientou os fãs a pesquisarem o assunto para se aprofundarem mais, pois sua postagem é apenas "um resumo pessoal".
Rafa Kalimann iniciou seu "resumo" sob o ponto de vista histórico, ao lembrar da criação da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), organismo internacional fundado em 1949 no contexto da Guerra Fria, conflito travado entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética. A Otan conta com 30 países membros, o que faz dela a maior organização político-militar do mundo.
Segundo Kalimann, "com o tempo a Otan se mostrou mais eficiente que a URSS que foi rompida com o fim da Guerra Fria, e muitos países começaram a forma alianças com a Otan".
"Mas a Ucrânia, que se tornou independente há apenas 30 anos, não. E, desde então, existe uma indecisão se ela se torna mais próxima da Rússia ou da Otan (lado dos EUA) onde ela demonstrou ter uma tendência maior nos últimos anos e para a Rússia isso não é nada bom", escreveu Rafa, ao lembrar que as tensões entre os dois países voltaram a se acirrar após a Otan tentar incluir a Ucrânia entre seus membros, iniciativa que foi repudiada por Putin, que viu esse movimento como uma ameaça a sua soberania.
"Acontece que a Rússia ainda vê a Ucrânia como 'parte deles'. Importante frisar que antes a capital da Rússia era Kiev, que hoje é a capital da Ucrânia... Tem muitas questões culturais envolvidas, famílias formadas por ucranianos e russos, por exemplo. O X da questão é que a Rússia não quer um vizinho convertido ao Ocidente, um vizinho inscrito na Otan, eles querem preservar sua influência sobre uma área que já foi a cabeça da União Soviética. Tem a ver com laços culturais, mas, sobretudo, com laços políticos", completou a famosa.
Nos comentários, os seguidores criticaram Rafa Kalimann, devido ao fato de ela não possuir formação em jornalismo ou ciências políticas e, portanto, pediram-na para "apagar" as postagens.
"Rafaela, você não é internacionalista, você não é jornalista política, você não possui instrução em ciência política ou qualquer percepção de história internacional ou sequer de política externa. Em respeito aos seus seguidores, apague isso. É pura desinformação", disse uma internauta.
"Cara, não faz isso. Visão blockbuster muito errada que você está fazendo. Ser contra bombardeio todos nós somos. Mas, explicar dessa forma, com visão Ocidental, é muito errado, disseminando esse pensamento de EUA salvador do mundo é muito atrasado", disse outro.
"Eu deveria ter seguido minha intuição e parado no 'Rafa Kalimann resumindo o conflito Rússia e Ucrânia', mas fiz a burrice de ler tudo. Onde faz para desver?", escreveu um terceiro.
"Minha filha, tenha noção! Se você não possui conhecimentos apurados/aprofundados sobre o assunto, não publique nada sobre. Você como influencer de milhões de seguidores não pode prestar desserviço assim, tenha responsabilidade", criticou mais um.
Rússia inicia guerra e Ucrânia cita 'invasão total'
Depois de meses de tensão e ameaças de guerra, a Rússia deu ontem início ao conflito armado contra a Ucrânia. Em resposta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse se tratar de uma "invasão total" de seu território por parte das tropas russas. Essa é a mais grave crise militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Em pronunciamento, Zelensky anunciou o rompimento das relações diplomáticas com Moscou e também a adoção da lei marcial em todo o território ucraniano, pedindo para que os cidadãos continuem calmos.
A adoção da lei marcial consiste em uma medida que altera as regras de funcionamento de um país, deixando de lado as leis civis e colocando em vigor leis militares.
Líderes de todo o mundo repudiaram a invasão russa à Ucrânia e apontaram que "os piores medos se tornaram realidade". Em menos de 24 horas já foram notificadas dezenas de mortos e explosões foram registradas nas áreas de fronteira.
Por meio de uma mensagem televisionada, Putin disse ter autorizado a operação, denunciando um suposto "genocídio" orquestrado pela Ucrânia no leste do país, e prometeu retaliação contra quem interferir na operação.
Em resposta, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu que "o mundo responsabilizará a Rússia" pelo ataque à Ucrânia, que ele descreveu como "injustificado". Até o momento, a China tem evitado criticar a Rússia.
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